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Paulo Henrique Ganso, grande esperança criativa do Brasil, recebe intruções do  técnico Mano Menezes às vésperas da largada na Copa América | Hedeson Alves, enviado especial/ Gazeta do Povo
Paulo Henrique Ganso, grande esperança criativa do Brasil, recebe intruções do técnico Mano Menezes às vésperas da largada na Copa América| Foto: Hedeson Alves, enviado especial/ Gazeta do Povo

Diário de la plata

Em casa

A seleção brasileira optou por não fazer o tradicional treino de reconhecimento de gramado no Estádio Ciudad de la Plata. O último treino foi realizado ontem pela manhã na concentração em Los Cardales. A comissão técnica não quis se hospedar um dia antes em La Plata, a 120 km, e considerou que seria muito cansativo ir e voltar para o reconhecimento.

Velho conhecido

Através do assessor de comunicação Rodrigo Paiva, a CBF disse não ter convidado o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, para vir à Argentina. O dirigente apareceu sexta-feira no hotel da seleção e, aí sim, foi convidado a acompanhar a entrevista do técnico Mano Menezes. Sanchez foi o chefe da delegação nacional na Copa de 2010, na África, cargo que sempre foi marcado por indicações políticas. Não há nenhum chefe de delegação desta vez.

E o Tangolero?

Tangolero, a ave mascote da competição, tem tido uma participação pra lá de discreta. Não se encontra o boneco para vender em lugar algum, assim como qualquer outro merchandising oficial da Copa América. Antes da abertura, ele deu uma passeada um tanto desanimada pelo gramado do Ciudad de la Plata e sumiu em seguida.

Pior para o Uruguai

No show de abertura, diversas imagens foram reproduzidas sobre um globo no centro do gramado. Nele, os gols do Brasil que surgiram foram todos sobre o Uruguai. Dos dois títulos conquistados contra a Argentina, nas edições anteriores da competição, nada foi mostrado.

Los Cardales, Argentina - À exceção de Kaká, ainda nos planos do técnico Mano Menezes, a força máxima da seleção está na Argentina para a Copa América. O que dá mais esperanças aos jogadores de se manter no grupo até a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, desafiando números nada animadores. O país conquistou os dois últimos títulos continentais. Apesar disso, do torneio de 2007 para o Mundial de 2010, permaneceram apenas dez jogadores, menos da metade dos eleitos por Dunga. Entre 2004 e 2006 o corte foi ainda maior: somente seis resistiram com Carlos Alberto Parreira.

A volta de jogadores como Júlio César, Lúcio e Kaká, que não estiveram na Venezuela, fechou a porta para outros na Copa do ano passado. O meia Diego, por exemplo, que começou como titular em 2007, se queimou e não voltou a ser chamado. Mas Dunga valorizou quem o ajudou três anos antes, optando inclusive pelas impopulares convocações de Doni e Júlio Baptista.

No ciclo anterior o mais frustrado foi o meia curitibano Alex, então no Cruzeiro, clube pelo qual havia sido o melhor jogador na conquista do Brasileiro de 2003. Enquanto ele amargou ficar fora dos planos de Parreira depois, o atacante Adriano foi quem mais saiu fortalecido, indo para a Copa seguinte como um dos grandes nomes ao lado de Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e companhia, que não passaram pelos estádios peruanos.

"Às vezes vence um grupo mais circunstancial, no qual a projeção não é tão grande para a Copa", afirma Mano Menezes, que já pensa em ir ganhando entrosamento para 2014.

Plano que anima os jogadores. "Esperamos fazer uma boa Copa América e nos entrosarmos ainda mais até chegar na Copa do Mundo", diz o volante Ramires. "Queremos vencer para continuar na seleção até a Copa. No Brasil a gente sabe que precisa de resultados", acrescenta o meia Elano, um dos reservas, ou seja, teoricamente mais à perigo.

Boa parte dos jogadores depende da continuidade de Mano. A notícia animadora para eles é que o último treinador a deixar o cargo entre uma Copa América e um Mundial foi Carlos Alberto Parreira, em 1983.

A maioria se apoiou no título sul-americano: Sebastião Lazaroni em 1989, Zagallo em 1997, o próprio Parreira em 2004 e Dunga em 2007. As exceções foram Parreira em 1993 e Felipão em 2001 – coincidentemente, nos anos seguintes aos fracassos continentais a seleção foi tetra e penta mundial.

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