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"A seleção brasileira não vem mais para Curitiba enquanto o nome do Pinheirão não mudar para Onaireves Moura. O que ele encheu para fazer dinheiro com esse jogo, merece." A julgar apenas pela frase de Ricardo Teixeira, quando da inauguração do CT com o nome dele, um dia antes de Brasil e Uruguai, deveria ser por isso que, depois do dia 19 de novembro de 2003, nunca mais o Paraná teve um jogo do selecionado – afinal, o Pinheirão nunca mudou de nome.

Mas a brusca ausência do Brasil dos campos paranaenses só serve para demonstrar o tamanho da encrenca ocorrida nos bastidores daquele confronto de cinco anos atrás. Pois, até então, o estado era quem mais recebia jogos da seleção brasileira na administração de Teixeira à frente da CBF. Mais até do que Rio de Janeiro e São Paulo.

De 1989 a 2003, contando os jogos da seleção principal e olímpica, o Paraná sediou por 16 vezes partidas do Brasil. Enquanto isso, no mesmo período, o escrete esteve 11 vezes no Rio de Janeiro e apenas 8 em São Paulo.

Há mais sinais do forte laço anterior à briga: em 1999, para disputar a Copa América, o time dirigido por Vanderlei Luxemburgo ficou hospedado no Paraná. Um ano depois, o Pré-Olímpico sul-americano foi realizado em Londrina e Cascavel. E, logo depois, Teixeira ainda indicou o ex-presidente da FPF como delegado do Brasil no Congresso da Fifa, que antecedeu a Copa de 2002. Na volta do Mundial, a taça do penta fez longa escala em Curitiba.

Há quem conte que Moura se arrependeu da briga e, nas poucas vezes em que reencontrou Teixeira, sempre tentou renegociar a dívida, sem sucesso. O ex-dirigente estaria trabalhando em São Paulo e não foi localizado pela reportagem. (MR)

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