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 | Olivier Morin/AFP
| Foto: Olivier Morin/AFP

O britânico Mo Farah voltou a fazer história neste sábado (13) ao se sagrar bicampeão olímpico dos 10.000 m nos Jogos do Rio. A conquista veio depois dele levar um tombo assustador no meio da prova, quanto foi tocado involuntariamente por um outro corredor que vinha logo atrás dele.

O atleta de 33 anos completou a distância em 27:05.17, superando na reta final o queniano Paul Tanui, que ficou com a prata (27:05.64). O etíope Tamirat Tola (27:06.26) completou o pódio.

O britânico nascido na Somália sonha em repetir o feito de Londres-2012, quando completou a dobradinha 5.000-10.000. A final dos 5.000 m está marcada para o dia 20 de agosto, penúltimo dia de competição.

Além da dobradinha olímpica de Londres, Farah alcançou em feito nos últimos dois mundiais, em Moscou-2013 e Pequim-2015.

Como de costume, Farah começou atrás do pelotão, durante pouco mais de 2.000 m, e começou a acelerar o ritmo, mas sofreu uma queda perto dos 4.000 m depois de ficar encaxotado entre outros atletas.

A imagem foi assustadora, mas o britânico se levantou logo e, depois de ficar um tempo no meio do pelotão, voltou a ficar entre os líderes. Farah passou a acelerar faltando 800 m para pressionar os rivais, deixando muitos para trás.

Tanui, porém, continuava firme, e disparou de forma fulminante na última volta, mas não o suficiente para deixar o Farah para trás. O multicampeão se manteve na cola e deu o sprint fatal na reta final, para cruzar a linha de chegada em primeiro, pouco mais de meio segundo à frente do queniano.

O britânico desabou, muito emocionado e parecendo estar exausto, e beijou a pista antes de sair comemorando.

A corrida é uma metáfora da história de vida de Mo Farah, que fugiu da Somália aos oito anos de idade, em plena guerra civil, e acabou se consagrando defendendo seu país adotivo. Caiu, mas levantou e deu a volta por cima.

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