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Bruno Senna com a Honda, no seu primeiro teste com um carro de Fórmula 1: um segundo mais rápido que Lucas Di Grassi. | Josep Lago/AFP
Bruno Senna com a Honda, no seu primeiro teste com um carro de Fórmula 1: um segundo mais rápido que Lucas Di Grassi.| Foto: Josep Lago/AFP

"Me diverti bastante"

Depois de 14 anos e meio, o sobrenome Senna voltou ontem a um cockpit de F-1. Bruno, sobrinho do tricampeão Ayrton, participou ontem do primeiro de dois dias de testes com a Honda.

"Meu primeiro contato com um F-1 foi um momento tão especial quanto imaginava que seria e me diverti bastante", afirmou Bruno, que folga hoje –vai aproveitar para assistir aos treinos – e volta a testar amanhã, durante todo o dia.

"Será quando vai contar de verdade, mas estou muito feliz com o que fiz e espero que quanto mais voltas eu fizer, mais veloz eu consiga ser."

Lucas di Grassi, que também disputa a vaga na Honda, terminou com o 17º tempo do dia, mas não desanimou. "Meu foco foi me adaptar ao carro", falou ele, que foi à pista antes de Bruno.

Os tempos não dizem muito nos testes, em especial quando há equipes com carros na versão de 2008, outros já na configuração aerodinâmica da próxima temporada e até alguns carros equipados com o revolucionário sistema de recuperação de energia, o Kers, que permitirá aos pilotos um acréscimo de potência durante alguns segundos a cada volta.

Foi esse o panorama no primeiro dia de ensaios coletivos da Fórmula 1, ontem, no Circuito da Catalunha, em que Bruno Senna e Lucas di Grassi começaram a ser avaliados pela equipe Honda, usando os modelos 2008 da categoria, acrescidos de pneus slick, lisos, que voltarão a ser usados na próxima temporada.

Bruno Senna acelerou pela primeira vez um monoposto de Fórmula 1 na sessão da tarde. Foram 32 voltas no traçado de 4.655 metros. "A equipe pediu apenas para me preocupar em conhecer o carro", disse. "Os sistemas são menos complicados do que imaginava." Na sua melhor volta, fez 1min24s343, o 15º melhor tempo do dia.

Lucas di Grassi foi o primeiro a pilotar, de manhã, o modelo deste ano da Honda com parte dos componentes aerodinâmicos de 2009. Disse que o primeiro objetivo era encontrar um acerto ao menos razoável para a pista nas 48 voltas completadas. "No momento em que nos encontramos em condição semelhante, fui dois décimos mais rápido que Alexander Wurz (piloto de testes que usou o outro carro da Honda)", explicou. Di Grassi fez o 17º tempo, 1min25s512, o último entre todos os pilotos. Ele terá outra oportunidade hoje, o dia todo, enquanto Bruno pilotará na quarta.

Das dez equipes, a única que não apareceu foi a Toyota. A Ferrari, que havia anunciado testes solitários em sua pista particular de Mugello, mandou os pilotos de testes Luca Badoer e Marc Gene à pista para uma salada de carros diferentes. A BMW, por exemplo, já exibiu o carro do ano que vem, com o aerofólio traseiro estreito e o dianteiro mais largo, parecendo um quebra-mato de carros off-road. A McLaren foi com um modelo parecido com o do campeão Lewis Hamilton, pilotado pelo espanhol Pedro de la Rosa e pelo inglês Gary Paffett.

Outra equipe que deve escolher seus pilotos para 2009 a partir dos testes de Barcelona é a Toro Rosso, que liderou a tábua de tempos do dia, com o japonês Takuma Sato e o suíço Sebastien Buemi. O austríaco Alexander Wurz, piloto de testes da Honda, ficou na terceira colocação, com 1min21s198.

Outro destaque do teste foi a participação do francês Sebastien Loeb, pentacampeão mundial de rali, que terminou na oitava posição, com 1min22s503, no carro da Red Bull. Nelsinho Piquet, da Renault, melhor brasileiro no dia, foi o nono, com 1min22s560.

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