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Phelps nada nos 200 m medley para o 16º ouro olímpico, a 20ª medalha da carreira | Martin Bureau/ AFP
Phelps nada nos 200 m medley para o 16º ouro olímpico, a 20ª medalha da carreira| Foto: Martin Bureau/ AFP

Ao lado de duas lendas femininas

"Ser capaz de ganhar a medalha de ouro e ser o primeiro a consegui-lo três vezes seguidas é algo muito especial e do qual estou muito feliz", disse Michael Phelps, após o título dos 200 m medley – feito que já havia obtido em Atenas-2004) e Pequim-2008. Só duas mulheres tinham conseguido o feito de vencer a mesma prova três vezes seguidas em Olimpíadas: a australiana Dawn Fraser (foto 1), campeã nos 100 m livres em Melbourne-56, Roma-60 e Tóquio-64; e a húngara Krisztina Egerszegi (foto 2) nos 200 m costas em Seul-88, Barcelona-92 e Atlanta-96. Com a vitória desta quinta-feira, Phelps, de 27 anos, aumentou para 20 seu recorde de maior número de medalhas olímpicas da história, das quais 16 são de ouro, apenas dois dias depois de superar a marca de 18 da ginasta soviética Larisa Latynina.

Revezamento

Thiago Pereira volta a nadar amanhã no revezamento 4x100 metros medley. A equipe brasileira tem ainda inscritos Cesar Cielo, Kaio Márcio, Felipe França, Felipe Lima e Daniel Orzechowski. A eliminatória está marcada para as 7h49. A final é no domingo.

  • Australiana Dawn Fraser
  • Húngara Krisztina Egerszegi

Michael Phelps decidiu disputar a Olimpíada de Londres como a "saideira" de uma carreira vitoriosa. Mas, apesar de estar perto da aposentadoria, o norte-americano de 27 anos não entrou na piscina da capital inglesa como coadjuvante. Pelo contrário. Ninguém tem sido tão protagonista quanto ele nas águas do Reino Unido. Depois de se tornar o maior medalhista olímpico da história dos Jogos, na quarta-feira, com o ouro nos 4x100 m livre, ele colocou a cereja no bolo de despedida conquistando um inédito tricampeonato nos 200 m medley.

Entre as mulheres, tal feito já havia sido registrado duas vezes: pela australiana Dawn Fraser nos 100 metros livre em 1956, 1960 e 1964, e pela húngara Kriztina Egerszegi nos 200 metros costa em 1988, 1992 e 1996. "Ser o primeiro homem a ganhar três medalhas de ouro na mesma prova é um sentimento muito especial. É lindo fazer o que nenhum homem fez", vibrou o norte-americano. Com o tempo de 1min54s27, Phelps embolsou sua 20.ª medalha olímpica, a 16.ª de ouro, ampliando ainda mais o recém-obtido recorde no número de pódios.

A medalha de prata ficou com o americano Ryan Lochte, com o tempo de 1min54s90, com quem Phelps travou o grande duelo nas provas individuais de medley na capital inglesa – domingo, a ordem foi invertida nos 400 m. Já o bronze acabou no pescoço do húngaro Laszlo Cseh, que repete Pequim-2008, finalizando a disputa em 1min56s22. O brasileiro Thiago Pereira, prata nos 400 m medley, não alcançou o pódio na prova que é sua especialidade, ficando em quarto lugar, com 1min56s74.

Mesmo de mãos abanando, Pereira diz ter ficado feliz com o resultado. "Fiz meu melhor tempo fora da era do traje tecnológico. Ganhei minha primeira medalha [nos 400 m medley], que era meu sonho, e não tenho do que reclamar", ressaltou após a final de ontem.

Na semifinal, o nadador fluminense diz ter forçado na primeira parte da prova, no nado borboleta. Mesmo assim, virou na sexta colocação, com o tempo de 25s20. Na segunda (costas) e terceira etapas (peito), Pereira virou em segundo, com os tempos de 28s39 e 33s70, respectivamente. Mas na última etapa, do nado livre, o rendimento caiu e o brasileiro fez o quarto melhor tempo na parcial, com 29s45. "Talvez eu tenha ido além do que podia no início. Isso pode ter influenciado no resultado final da prova", avalia.

Além da prata nos 400 m, Pereira diz levar de Londres a experiência para disputa da Olimpíada no Rio em 2016. "Vou para minha quarta Olimpíada, com certeza. No Brasil, não dá para deixar de ir", afirma o nadador de 26 anos.

Americana bate o próprio recorde mundial em Londres

Da Redação

A natação feminina teve mais um dia de quebra de recordes em Londres.

Rebeca Soni, dos Estados Unidos, baixou pela segunda vez consecutiva o melhor tempo dos 200 metros peito. Um dia antes, ela havia registrado 2min20s00 nas semifinais. Agora, a nova marca mundial da prova é 2min19s59. Com a façanha, ganhou o ouro. A prata ficou com a japonesa Satomi Suzuki, com o tempo de 2min20s72. A russa Iuliia Efimova completou o pódio, com 2min20s92.

"Mal consigo acreditar. Meu objetivo desde a infância era nadar abaixo dos 2min20s. Meu técnico sempre disse que eu seria a primeira mulher a nadar abaixo desta marca", festejou a norte-americana, minutos após à façanha.

Quem também fez festa foi a holandesa Ranomi Kromowidjojo, responsável por bater o recorde olímpico dos 100 metros livre com 53s00.

Ela era a dona da marca anterior, feita um dia antes, 53s05. A prata foi para a Bielorrúsia – Aliaksandra Herasimenia bateu em 53s38. A chinesa Yi Tang ficou com o bronze, terminando a prova em 53s44.

Entre os homens, apenas um recorde foi batido nesta quinta-feira, também por um nadador dos Estados Unidos. Tyler Clary, nos 200 metros costa, subiu ao topo do pódio com 1min53s41.

A marca anterior pertencia a Ryan Lochte desde Pequim-2008: 1min53s94. Ryosuke Irie (Japão) e Lochte foram prata e bronze, respectivamente.

No geral, Londres viu cair seis recordes mundias.

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