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Câmeras instaladas na Arena auxiliam o Atlético no controle de frenquentadores do estádio | Pedro Serapio/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Câmeras instaladas na Arena auxiliam o Atlético no controle de frenquentadores do estádio| Foto: Pedro Serapio/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

Ainda na promessa

Alegando não ter dinheiro para instalar o sistema de monitoramento em seus estádios, Coritiba e Paraná aguardam a promessa de que o programa "Torcida Legal", do Governo Federal, invista de R$ 1 a 3 milhões em controle de acessos e monitoramento de imagens em 40 estádios brasileiros.

Os clubes de Curitiba seriam os primeiros atendidos pelo projeto por causa dos incidentes de 6 de dezembro do ano passado no Couto Pereira. No entanto, não há previsão de quando o projeto será posto em prática. O Atlético já faz monitoramento por imagens na Arena.(AB)

Começará por Curitiba o cadastramento de membros de torcidas organizadas, previsto no Estatuto do Torcedor. Ainda em novembro, na segunda quinzena, as facções do Coritiba irão inaugurar o sistema a ser implementado pelo Ministério do Esporte. Atleticanos e paranistas poderão ser os próximos.

A medida foi anunciada por integrantes do comando do esporte no país durante uma reunião, no Rio de Janeiro, com representantes do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), que fazem parte da Comissão Permanente de Adoção de Medidas de Prevenção e Combate a Violência nos Estádios. O objetivo é vê-la em ação já nos campeonatos estaduais da temporada 2011.

Nos próximos dias, mais detalhes deverão ser anunciados. "Alguns pontos ainda dependem de um acerto com o Sindicato dos Clubes. Mas a intenção é de que tudo inicie na metade do mês", diz Ciro Expedito Scheraiber, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, representante do Ministério Público do Paraná no encontro.

Outros dois temas foram debatidos. O primeiro foi a instituição dos Juizados do Torcedor por todos os estádios do Brasil, com competência civil e criminal. Além disso, discutiu-se o reconhecimento da legalidade das organizadas, com direitos e deveres ficando mais claros.

Apesar do anúncio incompleto, o cadastro está praticamente definido. Deverão realizá-lo todos os participantes ou interessados em integrar grupos organizados – para o torcedor comum, não muda nada. O fichamento seguirá os moldes do projeto de identificação biométrica da Justiça Eleitoral, testado nas eleições. "O torcedor fornecerá diversas informações e terá uma carteirinha com foto. Isso poderá ser feito até duas horas antes do jogo", afirma Scheraiber. Quem for flagrado praticando atos de violência responderá de acordo com o Estatuto do Torcedor, podendo ser impedido de frequentar os estádios.

Todo o aparato necessário para a implementação será bancado pelo Ministério do Esporte – com verba do programa "Torcida Legal", um investimento de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões. Catracas especiais serão fornecidas, para acessos exclusivos, monitorados por câmeras (estas de responsabilidade dos clubes). As organizadas terão também um espaço delimitado nas arquibancadas, acessível apenas para os membros identificados."O Coritiba já vinha cadastrando os seus torcedores que compram ingressos. Temos então agora mais um reforço importante na segurança. É uma iniciativa muito boa", comenta Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coxa. Comandante da Império Alviverde – principal facção coxa-branca, envolvida na selvageria após o rebaixamento do clube à Segunda Divisão, no ano passado – Luiz Fernando Corrêa concorda com o cadastramento. "Da nossa parte é bem-vindo. Nós, inclusive, já propusemos algo do tipo", afirma.

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