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O gestor Florisval (2º a partir da esquerda), o presidente Cagnini (ao lado dele) e o técnico Nunes (à direita) com membros da comissão técnica e a coleção de troféus do Serrano | Henry Milléo/Gazeta do Povo
O gestor Florisval (2º a partir da esquerda), o presidente Cagnini (ao lado dele) e o técnico Nunes (à direita) com membros da comissão técnica e a coleção de troféus do Serrano| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Nos últimos três anos, o Serrano Centro-Sul Esporte Clube, de Pru­den­­tópolis, levantou o caneco em todos os campeonatos que participou. Em 2007 – apenas dois anos após ser criado como uma escolinha de base – ganhou a Taça Pa­­­raná amadora. Em 2008, foi campeão da Terceira Divisão do Pa­­­ranaense. A mais recente conquista foi o título da Divisão de Acesso, há uma semana. Agora o time de ascensão mais rápida na história recente do futebol estadual tem metas ainda mais ambiciosas: in­­comodar equipes tradicionais na Primeira Divisão de 2010 e, até 2012, conseguir uma vaga para disputar a Copa do Brasil.

A receita do sucesso é baseada em planejamento e organização. Três amigos, que se conheceram du­­rante uma especialização em Direito Esportivo, decidiram colocar a teoria na prática. Buscaram parceria com uma equipe que pu­­desse ser estruturada desde a base, sem os vícios do futebol não tratado com profissionalismo. Vínculos familiares de Florisval Silva Jardim Cruz, Paulo Sergio Guedes e Leomil Simonetti com Prudentópolis levaram os amigos para a cidade. A empatia com o presidente do time, Valdir Cagnini foi imediata.

Para subir, o Serrano apresentou a formação mais jovem da competição – com 22 anos de mé­­dia. Também era a mais enxuta economicamente, com folha de pagamento de R$ 20 mil para um elenco que carrega 15 jogadores dos tempos de amador. No banco de reservas, Carlos Nunes, o mesmo treinador há dois anos.

"Não é um revés que nos faz mu­­dar a comissão técnica. As­­pectos como o relacionamento com o grupo e a postura nos treinos durante a semana são muito mais avaliados", reforça Cruz.

A festa do segundo título profissional teve momentos de suspense. Somente cinco minutos após a vitória por 1 a 0 sobre a Portuguesa o time soube do tropeço do Ope­­rário contra o Roma, combinação necessária para o time ser campeão. A taça ainda levou 40 minutos para chegar de Apucarana, onde estava para a esperada festa do Fantasma.

"Choramos duas vezes", conta Cruz. "Como, com tão poucos re­­cursos, poderíamos ganhar de times estruturados, com atletas de primeira divisão? Até agora não caiu a ficha", reforça, ainda incrédulo com o título.

A mobilização da cidade para a comemoração do título surpreendeu os gestores. Foram 336 veículos em carreata e 4 mil pessoas fe­­chando a principal avenida da ci­­dade para receber os jogadores, que chegaram no caminhão do Cor­­­­po de Bombeiros. A festa será completada hoje, quando o time fa­­rá um jogo co­­memorativo, às 15h30, contra a equipe sub-20 do Paraná.

Para a estreia na Primeira Divi­­são, a prefeitura deve investir R$ 490 mil em iluminação, troca do gramado, ampliação da arquibancada e alojamentos novos no Está­­dio Newton Agibert.

O time começa a treinar em no­­vembro, com sete reforços e a promessa de fazer a "serra elétrica do in­terior" assustar os grandes do estado.

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