A vitória de Floyd Landis na Volta da França, encerrada domingo, teve momentos épicos. Ontem, foi descoberto que sua conquista esteve longe do heroísmo. Era uma farsa.

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Na última semana de disputa, o norte-americano desmaiou na desgastante subida de La Toussuire e perdeu a liderança da prova para o espanhol Oscar Pereiro.

Não desanimou. No dia seguinte, seguiu conselho do mítico Eddy Merckx, pentacampeão da Volta da França, foi agressivo, empreendeu fuga por 130 km, ganhou a etapa até Morzine e recuperou a ponta. No mesmo dia em que mostrou quem era o novo dono da mais tradicional prova do ciclismo, Landis recolheu urina para exame antidoping. O teste constatou níveis anormais de testosterona, hormônio masculino também encontrado na forma sintética.

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Na quarta, a União Ciclística Internacional (UCI) havia anunciado que um teste apresentara níveis irregulares. Não divulgou porém o nome do atleta nem qual seu país.

Landis, então, sumiu de cena. Não se apresentou em prova de exibição na Holanda. A justificativa era que o ciclista tinha dores no quadril.

Poucas horas depois, a revelação do mistério: a equipe Phonak admitiu que seu atleta é que fora flagrado. É a primeira vez que a Volta da França pode alterar seu campeão por causa de uso de drogas. O espanhol Oscar Pereiro deve herdar o título.

Ontem o ciclista negou, em entrevista à revista americana Sports Illustrated, que tenha usado drogas.

A direção da Volta da França, assolada por escândalos nos últimos anos, afirmou que isso "mostra que o combate ao doping ganha terreno de maneira irreversível". Greg LeMond, único americano ao lado de Lance Armstrong e Landis a triunfar em Paris, disse estar "aniquilado" com a notícia, mas eximiu o conterrâneo de culpa. "Floyd é bom garoto, vítima de um esporte corrompido."

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