Irmão Shogun deve lutar em setembro
Murilo Ninja também revelou que a ida para os Estados Unidos ao lado do irmão, Maurício Shogun, foi de vital importância. "Ele sempre me acompanha nos eventos, e vice-versa. Acho importante a gente estar junto, se apoiando sempre", comentou o irmão mais velho do clã Rua.
Ainda em solo norte-americano, Ninja afirma que uma conversa entre Shogun e Dana White, presidente do Ultimate Fighting Championship (UFC) praticamente selou a volta do lutador. "Ele falou com o Dana, e deve voltar em setembro, depois do casamento", assegurou, lembrando que Shogun irá se casar com a personal trainer Renata no dia 1 de setembro, em Curitiba.
E, antes de brigar pelo cinturão do UFC, Shogun deve lutar "pelo menos duas vezes", segundo adiantou Ninja. Sobre a possibilidade de também integrar o maior evento de MMA (Mixed Martial Arts, o popular "vale-tudo") da atualidade, Murilo também não descarta a possibilidade, apesar de achar difícil a sua saída do Strikeforce. "Pode rolar essa oferta, mas o pessoal lá quer que eu fique. O evento é sensacional, pertence ao dono da Showtime (canal de tv paga dos EUA), que só mexia com boxe, mas agora também está no mundo do vale-tudo", concluiu.
Melhor, impossível. Como um título de filme, o lutador curitibano Murilo "Ninja" Rua debutou nos Estados Unidos com uma grande vitória sobre o cubano Joey Villasenor, por nocaute, conquistando assim o cinturão dos Médios do Strikeforce/Elite XC, evento disputado na cidade de San Jose, na Califórnia, no último dia 22 de junho.
O atleta da Academia Chute Boxe, irmão de Maurício Shogun, já está de volta a sua cidade natal e não escondeu a sua alegria com o título inédito. "Eu estava bem preparado, foi uma luta bem dura, contra um lutador experiente, mas acho que fiz tudo certinho e acertei o golpe certo na hora certa", analisou Ninja, em entrevista à Gazeta do Povo Online.
Antes mesmo do embarque para os EUA, uma semana antes do evento, o técnico Rudimar Fedrigo já adiantara: "O Ninja vai para o nocaute". E não deu outra. Apesar disso, o lutador diz que treinou de tudo um pouco, e se o nocaute não viesse, ele estava pronto também para finalizar no chão. "Treinei de tudo antes da viagem, aprimorei o meu muay thai com o Rudimar, afiei o chão com o Cristiano (Marcello), e deu tudo certo. Não foquei apenas o nocaute, estava pronto pra tudo", conta.
Porém, dias antes da luta, a participação de Ninja no combate era uma incógnita. Isto porque o lutador foi reprovado nos primeiros exames realizados pela Comissão Atlética californiana. "Acontece que eu tinha preenchido o formulário lá, e não entendo muito bem inglês, e não mencionei uma cirurgia na cabeça que eu fiz faz tempo. Ai o médico não gostou, viu que isso não constava nos meus papéis, e quis me barrar. Mas fomos em outro médico, e fui aprovado e liberado", relembra o atleta.
Da luta, o curitibano também não esquece. "Estou bem, só tomei um soco dele (Villasenor) logo no começo. Sobre a minha apresentação, acho que lutei bem, mas posso melhorar, corrigir os meus erros e já me preparar bem para colocar o cinturão em jogo", revelou, adiantando que irá colocar o título do Strikeforce em jogo no mês de setembro. O adversário, segundo Ninja, ainda não está definido, mas "pode ser um havaiano", sem entrar em nomes.
Mas antes disso, ele afirma que pode acabar lutando em outro evento conhecido mundialmente: o K-1. "Estamos negociando, e pode ser que eu lute no dia 16 de julho. Não tem nada certo ainda, vou aguardar para ver o que acontece", disse. A volta aos treinos de Ninja acontece nesta sexta-feira (6), no QG da Chute Boxe, ao lado da Praça do Japão, em Curitiba.
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