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Muda o calendário, começa um novo ciclo de 12 meses. No mais, as coisas são sequenciais, dando continuidade aos eventos iniciados em 2009. O grande assunto dos primeiros dois meses do novo ano será o julgamento do recurso interposto pelo Coritiba junto ao STJD em busca da proclamação dos seus direitos.

Dentre outras coisas, o órgão superior de justiça do futebol brasileiro terá de dar algumas respostas fundamentais. Por que não levou em conta o histórico de vida do Coritiba para aplicação de pena tão pesada, injusta pela análise tranquila dos fatos, sem paixões e outros interesses? A anterioridade de 12 meses dos episódios do jogo final do Campeonato Brasileiro no Couto Pereira. Quais os arranhões praticados na manutenção do Alto da Glória?

O Coritiba teve o seu campo de jogo aprovado na vistoria técnica feita pela Federação Paranaense de Futebol e também pela Con­federação Brasileira de Futebol. Os órgãos oficiais de segurança também expediram alvarás de funcionamento do estádio. A prefeitura de Curitiba e o Conselho Re­­gional de Engenharia e Arquitetura do Paraná em ne­­nhum momento fizeram qualquer ressalva às condições estruturais e de acessórios do estádio para a realização de jogos de futebol.

Sobre o fosso que circunda o gramado, vale lembrar que a Fifa exige que a Copa do Mundo não seja jogada em nenhuma praça esportiva que contenha fosso, alambrado ou paredes de vidro para impedir ou dificultar o acesso de torcedores ao gramado.

A exigência da Fifa parece contraditória. Parece, mas não é. O livre acesso ao gramado representa uma área de escape para eventuais situações de pânico nas arquibancadas. No gramado, os torcedores fogem do medo e da asfixia, inevitáveis quando o tumulto se instituir no estádio.

O leitor talvez esteja lembrado do jogo Vasco e São Caetano no Estádio São Januário abarrotado pela irresponsabilidade de Eurico Miranda. A pressão física levou milhares de torcedores ao encontro dos alambrados, finalmente derrubados, com graves conse­­quências à saúde corporal dos assistentes. O jogo foi suspenso por ordem das autoridades de se­­gurança do governo do Rio de Ja­­neiro.

Outro detalhe é que o Coritiba foi absolvido pela denúncia de desrespeito ao Estatuto do Tor­­ce­dor. Logo, não há como questionar a responsabilidade do clube nos graves incidentes.

Ressalvando a heroica luta dos poucos policiais militares no campo de jogo, se superando para reprimir a ação dos invasores delinquentes, quem realmente faltou ao esquema de segurança foi a Polícia Militar pelo pequeno contingente. Até o instrumental ideal para combater tamanha selvageria chegou ao estádio com grande atraso.

Campeonato Paranaense

Evento secundário. Mais uma vez o anormal supermando. Uma anomalia produzida pela desatenção e ausência de senso crítico dos dirigentes.

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