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As datas comemorativas que fecham uma década, um século, possuem um significado especial para todos nós. Esses números são chamados de "datas redondas", sinalizando uma referência para comemorar, enaltecer ou refletir. Escravos dos relógios e dos calendários, que ordenam e organizam as nossas vidas, nunca nos libertamos deles, lembretes onipresentes da passagem inexorável do tempo e de nossa finitude.

Nada nos é mais precioso e incontrolável do que o tempo. Desde os estóicos – e depois com Santo Agostinho – que os filósofos discutem o sentido e as sutilezas do tempo, as imbricações do passado com o presente e o futuro. O que nos inquieta é que o presente é tão fugaz que esta passando ou acabou de passar, já virou, instantaneamente, passado. E o futuro ainda é uma ilusão. Tudo isso surgiu em razão do centenário do Campeonato Paranaense, que poderia ser celebrado em grande estilo não fosse o seu inevitável esvaziamento diante do vasto leque de maiores atrações no cenário nacional e internacional.

Pessoalmente tenho motivos para eleger 2014 um ano especial, pois completo 50 anos de profissão e 30 anos como articulista esportiva desta Gazeta do Povo. Orgulho-me de todas as atividades que exerci ao longo desse meio século através das quais vivi intensamente, conheci dezenas de países e milhares de pessoas interessantes.

Como frequento os estádios desde menino, tenho memória do Campeonato Paranaense desde a época em que ele era a nossa única atração. Por isso tive o privilégio de assistir uma lenda como Fedato jogar da mesma forma que vi em ação o ataque arrasador do Coritiba com Miltinho, Almir, Ivo, Duílio e Ronald, sete vezes campeão na década de 50. Os outros grandes ataques do Coxa foram Flecha, Leocádio, Kruger, Zé Roberto e Aladim ou Serginho, Carlos Alberto, Chicão, Tostão e Kazu.

Jairo, Fiuzza, Silvio, Leocádio e Otavinho irresistível linha de ataque do Operário, de Ponta Grossa, tanto quanto Chinezinho, Adamastor, Paulo Vecchio, Gauchinho e Paulinho, do Londrina; ou o histórico Soca, Zuringue, Garoto, Edgar e Walter Prado, no bicampeonato do Grêmio Maringá.

Campeão do centenário em 1953, o Ferroviário marcou gols com China, Isauldo, Juarez, Afinho e Maurílio na mesma Vila Capanema que aplaudiu anos depois Carlinhos, Adoílson, Maurílio, Saulo e Serginho com a camisa do Paraná.

Do Furacão em 1949, passando por Dorval, Milton Dias, Zé Roberto, Paulista e Nilson até chegar às máquinas de gols com Capitão, Lino, Washington, Nivaldo e Assis; Kelly, Paulo Miranda, Tuta, Lucas e Warley ou Adriano, Kléberson, Alex Mineiro, Kléber e Ilan, o Atlético escreveu a sua parte na história.

Mas houve mais, muito mais que faz por merecer um livro completo para contar a trajetória de todos que participaram do rico painel humano nas 100 edições do futebol paranaense.

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