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Dizem os defensores dos campeonatos estaduais que eles servem como uma espécie de pré-temporada mais longa ou como laboratório de experiências antes do início das grandes competições.

A primeira afirmação até é aceitável, se bem que se perde muito tempo e dinheiro com os arrastados estaduais durante os três primeiros meses do ano, quando se sabe que o Brasileiro poderia ser antecipado para fevereiro, com intervalos para os amistosos da seleção, Copa das Confederações e até mesmo a possibilidade de os clubes voltarem a ganhar algum dinheiro com jogos amistosos no exterior, coisa que acabou desde que Ricardo Teixeira tomou conta da CBF e banalizou a seleção com dezenas de jogos inexpressivos, caça-níqueis para atender aos patrocinadores e atravessadores em geral.

Gostaria de tratar da segunda afirmação, segundo a qual os estaduais servem como laboratório. Trata-se de outra meia verdade, pois os times que participam da Libertadores estão sendo atrapalhados pelos estaduais, nos quais escalam formações reservas frente a adversários pequenos e formações mescladas nos clássicos. O único que largou mão do Estadual foi o Grêmio e, logicamente, ficou fora das finais do turno do Campeonato Gaúcho.

Aqui, exoticamente, o Atlético abdicou do Estadual, mas não participa da Libertadores, mantendo duas dezenas de jogadores no regime come-dorme e não apresenta o encantado time principal para verdadeiras avaliações. Partida amistosa, como se sabe, não passa de treino coletivo com uniforme.

Só conheceremos a verdadeira cara da equipe atleticana na estreia da Copa do Brasil e a responsabilidade dos profissionais aumentou muito diante da longa inatividade.

Antonio Lopes e Ricardo Drubscky aceitaram desempenhar o papel de polichinelo para satisfazer os caprichos dos dirigentes. Para mim, dirigente diferenciado é aquele que ganha todos os títulos possíveis e proporciona alegria ao torcedor.

O Paraná tem procurado melhorar as condições técnicas da equipe, mas, por causa de suas intermináveis dificuldades financeiras, não consegue reunir jogadores de maior envergadura e muito menos revelar bons jogadores. Venceu o lanterna do campeonato com dificuldade.

O Coritiba continua atrás do entrosamento e após o empate com o Operário ouviram-se vaias da torcida no Alto da Glória.

Por mais fanatismo e boa vontade que se tenha, e a torcida coxa-branca as tem em grande quantidade, quem conhece um pouquinho de futebol percebe que está demorando demais para o técnico Marquinhos Santos dar padrão de jogo a esse time do Coritiba.

Foi campeão do turno, é verdade, mas sem empolgar ninguém.

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