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Geninho e Ricardo Pin­­to, dois personagens queridos do futebol paranaense, assumiram a responsabilidade de tentar salvar os times do Atlético e do Paraná, respectivamente.

Geninho destacou-se no Paraná, tradicional fonte reveladora de bons treinadores, mas se consagrou como campeão brasileiro pelo Atlético; e Ricardo Pinto brilhou como goleiro do Furacão na campanha de retorno à Primeira Di­visão nacional, em 1995, transformando-se em figura emblemática da história rubro-negra.

Depois de algumas experiências em pequenos clubes do nosso futebol, Ricardo Pinto ganhou a oportunidade de dirigir um dos grandes e não titubeou em aceitar o desafio.

Elegante, mantendo a forma com suas corridas diárias na pista do Parque Barigui (absurdamente dividida ao meio entre pedestres, em muito maior número, com poucos ciclistas que passam em alta velocidade ameaçando a segurança das crianças e idosos), ele conseguiu mudar o astral da Vila Capanema. Tudo com personalidade para transmitir – com equilíbrio e segurança – os conhecimentos que adquiriu em sua longa carreira.

Foi-se o ambiente pesado e triste, dando lugar ao diálogo inteligente que motivou o grupo de jogadores a ponto de, finalmente, o Paraná ganhar os primeiros jogos do ano e descortinar panorama mais favorável para o futuro.

Em suas idas e vindas, Ge­­ninho timbrou marca profunda na vida atleticana e não será diferente desta feita, quando encontrou o time caindo aos pedaços, com sinais de indisciplina, elenco desunido e evidente falta de comando.

Juntou os cacos ao remontar a defesa, mesmo recorrendo ao ultrapassado esquema com três zagueiros, mas dentro da dura realidade da equipe.

Até agora não se entendeu direito a contratação de Klé­­berson. Se foi por gesto nostálgico para homenagear o antigo craque ou para alguma manobra de marketing, visando explorar a imagem do pentacampeão mundial. Mas, como atleta de competição, há um bom tempo Kléberson deixou de representar reforço, tanto que mostrou futebol modesto no domingo, errando passes curtos e não ousando jamais frente ao fraco Rio Branco.

Por isso, Geninho não sabe se vai utilizá-lo como primeiro volante, segundo volante, ala direita, meia ou em nenhuma função diante do seu atual condicionamento físico e técnico. A contratação de um jogador famoso e, provavelmente caro, apenas "para compor o elenco" não ajuda em nada um time que já padece da ausência de um goleiro confiável, de um ala direito competente, de um zagueiro central eficiente, de dois volantes de qualidade e um avante fazedor de gols.

Geninho deveria ter em mente que o maior problema continua sendo a defesa e o meio de campo, porém, pelas circunstâncias, o Atlético não pode e não deve se dar ao luxo de jogar com dois avantes.

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