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Coritiba e Paraná foram eliminados, classificando-se o Corinthians-PR ao empatar com o Ceará, no último minuto, com gol de Bruno Batata. Na Ilha do Retiro, o Paraná foi derrotado pelo Sport em partida sofrível tecnicamente e na qual o Tricolor desperdiçou um pênalti na etapa inicial.

Dirley marcou para o Sport que, se tivesse um pouco mais de capacidade ofensiva, teria aplicado uma goleada tantas foram as oportunidades criadas no segundo tempo.

Aqui, mesmo entrando em campo classificado, o Coritiba desperdiçou muitas chances para marcar no primeiro tempo, consagrando o goleiro Zé Carlos e foi castigado no período complementar com o gol de Caio. Teve um alento no derradeiro minuto, po­­rém, novamente Marcos Aurélio co­­brou mal uma penalidade máxima e o Coxa capotou no Alto da Glória.

Mais Armando

Armando Nogueira, que gostava dos casos e causos do futebol, contou esta em sua prestigiada coluna "Na Grande Área", no Jornal do Brasil: "Esta é uma historinha deliciosa no futebol de quantas tenho ouvido e que traz por cenário o Paraná, terra onde acabou de cair um satélite artificial e cujo personagem é o meu amigo Tim, treinador do Atlético de Curitiba. Ele e o atacante Gaivo­­ta, esperança de artilheiro da torcida do clube.

Diariamente, o técnico Tim dedicava parte do treinamento a ensinar a Gaivota a ciência de infiltrar-se na área, explorando os espaços vazios às costas dos beques. Chegava, porém, o dia do jogo, o Gaivota errava tudo, entrava pelo lado errado, recuava quando devia avançar e aceitava, docilmente, a marcação da defesa rival.

Esforço vão em que se consumiam dois anos de trabalho do treinador Tim: Gaivota não aprendia, não assimilava as instruções e, com aquilo, o Furacão ia perdendo e o treinador, como é costume, cada dia mais incompatibilizado com a torcida intolerante. Deu-se, então, o desfecho invariável: desgostado com o ambiente do clube, Tim pediu rescisão de contrato e foi-se embora, passou a dirigir o time do Ferroviário, uma das potências do futebol paranaense.

Uma semana mais tarde, a equipe do Ferroviário, já aos cuidados de Tim, encontrava-se com o Atlético, cuja camisa nú­­mero nove continuava confiada ao supracitado e impermeável Gaivota de tantas lições desperdiçadas. Por um desses caprichos tradicionais do futebol, o Atlé­­tico enfiou no Ferroviário uma goleada de cinco a um.

Finda a partida, encontraram-se à porta dos vestiários o mestre e o antigo discípulo: Tim e Gaivota.

"Pois é, seu Tim", disse o atacante com o ar mais respeitoso deste mundo, "o senhor ficou dois anos querendo meter na minha cabeça uma chave, e só hoje, justamente hoje, foi que vim entender como é que o senhor queria que eu jogasse..."

Gaivota tinha marcado quatro dos cinco gols que derrotaram o time do seu mestre, o Fer­­ro­­viário.

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