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No próximo final de semana começará o Cam­­peonato Paranaense e, como se sabe, será repetido o regulamento do ano passado, destacando-se o absurdo supermando.

Foi mudado o comando da guarda na Federação, mas a dificuldade para organizar um torneio estadual racional, enxuto e rentável permanece imutável. Falta glamour ao futebol paranaense.

Reporto-me à ausência de in­­­ventividade na área de marketing, não contando nem mesmo com alguma coisa especial no pré-lançamento do campeonato para atrair eventuais patrocinadores.

Alguma coisa do tipo que os americanos sabem fazer como poucos: festa colorida, com gente bonita, muita música e lucro para todos.

Alguma coisa que pudesse mexer com o torcedor e motivá-lo a acompanhar os jogos, ao vivo ou pela televisão.

Imaginem, por exemplo, a cri­ação de um hino para o futebol paranaense. Daqueles dobrados que levantam as pessoas e mexem com os sentidos de quem já anda carregado de amor pelo time de coração.

Como aquilo que estamos acostumados a ver nos filmes em torno da figura do presidente dos Estados Unidos quando ele aparece em público: uma pequena banda militar tocando "Hail to the Chief" ou algo assim.

Deve ser maravilhoso haver uma banda tocando para o sujeito todas as noites durante o jantar na Casa Branca.

Longe de mim a ilusão de so­­­nhar com capacidade criativa por parte dos nossos dirigentes, mas, pelo menos, que fizessem um campeonato com regulamento razoavelmente interessante para motivar o público torcedor.

Fantasmagórico

O Operário Ferroviário, de Ponta Grossa, um dos times mais antigos e detentor de uma das maiores e mais fiéis torcidas do futebol paranaense, promete um início de temporada no mínimo fantasmagórico.

Por falta de previsão dos seus dirigentes, após 15 anos de espera para retornar à Primeira Divisão estadual, o Fantasma não poderá estrear no tradicional estádio de Vila Oficinas. O motivo prosaico é a falta de condições do gramado.

Ora, ora, há quantos meses esses dirigentes sabiam que o gramado deveria estar em boas condições?

Os milhares de torcedores de Ponta Grossa estão cobertos de razão quando se manifestaram de forma melancólica, após tanta preparação para uma grande festa na volta da equipe à elite do futebol paranaense.

EFABULATIVO: Uma das atrações radiofônicas desta temporada será o lançamento da equipe esportiva da Rádio Tropical, liderada pelo Capitão Hidalgo, ex-jogador do Coritiba e um dos mais famosos comentaristas do rádio brasileiro, com grande currículo em transmissões nacionais e in­­ternacionais de partidas de futebol.

Entre os narradores, perfila o veterano Jair Junior, o "Prín­­cipe do Rádio", que, entre os ape­­trechos de transmissão, mantém dois óculos de grau: um para a bola correndo e outro somente para narrar penalidades máximas.

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