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Foi uma das partidas mais disputadas deste campeonato, na qual o Atlético teve de jogar com muita aplicação para superar o Internacional.

No primeiro tempo a equipe gaúcha esteve em plano técnico mais elevado, porém não conseguiu superar o sistema defensivo atleticano e, nos instantes derradeiros, sofreu o gol. Foi por meio de Paulo Baier, em mais uma de suas especialidades: cobrança perfeita de falta sem chance para o goleiro Abondanzzieri.

Com vantagem no placar e intensamente apoiado pela sua frenética torcida, o time de Car­­pegiani revelou equilíbrio e maturidade para conter o ímpeto do forte adversário.

Os gaúchos tentaram o gol de empate de todas as maneiras possíveis e imagináveis, enquanto o Atlético comportou-se com perfeição no procedimento defensivo e novamente não conseguiu tirar proveito dos contra-ataques para adquirir tranquilidade no resultado. Desta feita, Maikon Leite desperdiçou a melhor oportunidade chutando em cima do goleiro após ter limpado o lance com categoria.

O Furacão jogou bem, mereceu o triunfo e continua subindo na classificação.

Cartilha

Jogadores indisciplinados tiveram suas carreiras prematuramente encerradas no passado. Mas isso foi no passado profundo do futebol brasileiro.

Com o surgimento de tantos ídolos, envolvidos em interesses esportivos e comerciais, aumentou a tolerância.

Não me refiro a Garrincha, Al­­mir Pernambuquinho, César Ma­­luco, Zé Roberto e outros que apenas gostavam da noite, abusavam um pouco e recebiam punições desde que não prejudicassem o rendimento da equipe. Todos eles jogavam muita bola.

O que se entende por indisciplina hoje em dia é um misto de vedetismo e falta de educação.

Garotos humildes, com pouca educação e muito ricos desde cedo, alguns fenômenos modernos acabam arranhando as suas imagens.

Neymar é mais um exemplo clás­­sico de jogador mimado pelos di­­rigentes, endeusado pela mídia e paparicado pelo público. Sem uma formação devidamente estruturada para encarar os desafios da profissão e da própria vida, desde me­­nino vem sendo cortejado como rei e revela alguns sinais de que acredita ser mesmo alguém superior.

Aprontou no penúltimo jogo do Santos, foi multado e afastado, mas não perdeu a majestade e muito menos o poder. Sobrou para o técnico Dorival Júnior, a principal vítima da ira do jovem talento santista, demitido ao decidir pelo seu afastamento do jogo de ontem.

Aí foi demais para a cabeça dos cartolas e para a própria torcida, dentro da nova "moral" que, la­­men­­tavelmente, norteia o nosso país. Basta dar uma olhadinha no noticiário político para saber do que estou falando.

A cartilha disciplinar funciona para todos os jogadores profissionais, mas de maneira diferente para alguns, como Neymar, a joia da Vila.

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