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De todos os esportes o futebol é aquele que deve, necessariamente, ser assistido ao vivo.

Passei os últimos anos na comodidade do sofá da sala, mudando de jogo pelo controle remoto e, não raras vezes, trocando a pelada sem graça por um filme clássico ou apenas engraçado. Em uma certa altura, principalmente no período dos campeonatos estaduais, fiquei desconfiado de que gosto mais de cinema do que de futebol.

Mas ao voltar a comentar partidas pelo rádio – a 98 FM – retornei aos estádios e matei a saudade do contato com o povo, com o sol e, sobretudo, com as ações em campo.

Para começo de conversa levei um susto ao ver Guerrón, Paulo Baier e outros ao vivo, pois pareciam mais gordos pela televisão. Fui me informar e descobri que a televisão engorda mesmo as pessoas, que ficam achatadas dependendo do aparelho. Agora com a tecnologia digital de alta definição, HDTV (em inglês "high-definition television"), a resolução de tela ficou significativamente superior aos formatos tradicionais e ela não tem a imagem distorcida como no sistema analógico.

Fiquei definitivamente convencido de que a transmissão de partidas de futebol pela televisão não passa de quebra-galho, com as câmeras acompanhando a bola, focadas em cima da jogada e completamente sem visão periférica das outras manobras em campo. Para obter um panorama geral da colocação das equipes para identificar as estratégias dos treinadores só mesmo estando no estádio.

A jogada pode estar se desenrolando no ataque de um time e você tem a possibilidade de observar o posicionamento de­­fensivo do outro time antes de a câmera ampliar a tomada da cena. Não há termos de comparação entre um jogo visto pela televisão e o jogo visto no estádio.

E hoje teremos o encontro do líder Coritiba com o ‘lanterninha’ Paraná (até o fechamento desta edição).

Não chega propriamente a surpreender o mau começo do Paraná. Afinal o planejamento do seu departamento de futebol profissional é um zero a esquerda. Contratações massivas, em cima da hora e sem critério deixaram o técnico Ro­­berto Cavalo com uma autêntica espada de Dâmocles sobre a cabeça. Um novo tropeço logo mais na Vila Capanema pode significar a queda, injusta, diga-se de passagem, do treinador, já que os verdadeiros responsáveis pelo caos técnico da equipe são os dirigentes.

A única esperança da torcida tricolor é a tradição de crescimento moral e consequente maior empenho dos jogadores quando se trata de clássico. Por mais depauperado que esteja e por mais deficiências técnicas que apresente, nos clássicos o Paraná reúne energia extra que lhe permite enfrentar os adversários em condições de igualdade.

Por outro lado, alheio ao drama paranista, o Coritiba começou bombando e pode disparar na liderança no caso de confirmar o absoluto favoritismo que possui no confronto desta tarde.

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