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É comum você pedir uma pizza meio mussarela, meio atum, meio bacon ou o que desejar para completar o delicioso prato italiano.

Antes de tratar de futebol dei uma pesquisada para confirmar que em inglês mezzo significa médio, como em italiano quer dizer metade ou moderado e em português meio. Pois bem. A atual seleção brasileira está mezzo a mezzo. Ou, por outra: meio boa, meio falha.

Até Felipão concorda ao declarar depois da bela vitória sobre a Itália que "O Brasil não é uma equipe pronta para uma série de situações que nós vamos viver até o Mundial, mas para a semifinal, sim".

Lúcido e canchado, Felipão tem agradado tanto na composição do time como nas mexidas e, também, na confiança que repassa aos jogadores e, principalmente, aos torcedores que, pouco a pouco, entre uma passeata de protesto e outra, vão se apaixonando novamente pelo time canarinho.

Felipão tem se mostrado coerente com as suas convicções, as quais devem ser respeitadas, inclusive na aposta em alguns jogadores que não representam exatamente a opção da maioria. O que o técnico não pode fazer é milagres, tais como impedir aquela furada grosseira do zagueiro Dante que quase resultou num gol italiano ou nos apagões de Oscar durante o jogo. Mas, no geral, a seleção demonstrou que esta no caminho certo, evoluindo degrau a degrau e consciente de que ainda falta muito para chegar aos objetivos sonhados pela torcida nacional.

A evolução tática e técnica é indiscutível, sobretudo de jogadores que necessitam se firmar como donos da posição. Casos específicos de David Luiz, cada vez mais entrosado e com noção do que é defender primeiro e só depois pensar em avançar; de Marcelo, fraco na marcação, porém de grande eficiência no apoio ao ataque e como criador de situações de gol; de Luiz Gustavo com admirável regularidade; e de Hulk, mais do que um jogador perigoso para os adversários, é uma figura exótica com "derrière" que qualquer dia vai ganhar patrocínio exclusivo de alguma marca de cuecas ou algo do gênero.

O jogo de sábado não foi fácil, mas o Brasil teve comportamento positivo tanto que em determinados momentos revelou experiência e controle da situação, logo substituídos por recaídas fatais que resultaram nos gols italianos. Daí o meu conceito de mezzo a mezzo.

Há de se reconhecer o peso técnico da Azzurra que, mesmo desfalcada de Pirlo e De Rossi – dois de seus principais valores – apresentou-se em nível elevado e só perdeu porque realmente o adversário foi superior.

Neymar, que se tornou o ídolo definitivo da torcida e o jogador mais importante da equipe, mostrou-se irritado com as entradas mais duras, simulou algumas faltas – inclusive a que possibilitou a marcação do seu gol na cobrança da falta –, recebeu cartão amarelo e precisa ser mais calmo na partida semifinal que também deve ser difícil.

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