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Iniciando a partida com cinco armadores – Deivid e Fran Mérida jogando mal –, o Atlético se empolgou e, mesmo sem consistência tática, pressionou e quase abriu o placar. Sofreu um gol em lance de escanteio com falha da zaga e voltou no segundo tempo mais ofensivo. Mesmo disperso e sem padrão de jogo, insistiu no ataque e acabou liquidado com o segundo gol em contra-ataque. Esperava mais do Vélez Sarsfield, que só venceu porque o Furacão não soube ganhar.

O tratamento que o Atlético tem dado a Adriano tornou-se obscuro, pois ele não joga no Estadual e tem sido desprezado na Libertadores. A sua entrada aos 37 minutos foi quase humilhante – e ele acusou o golpe.

A seleção e a Copa

Em todas as Copas, a nossa maior preocupação sempre foi com a definição da seleção brasileira. Desde a contusão de Pepe no amistoso com a Fiorentina, pouco antes do Mundial de 1958 – que abriu caminho para a eternização de Zagallo; a lesão muscular que tirou Pelé no início da campanha do bi, em 1962; as perdas de Rivellino, Reinaldo e Zico na lama de Mar del Plata na primeira fase da disputa, em 1978; a distensão de Careca, em 1982; os dramas de Zico, em 1986; os problemas físicos que afastaram Romário, em 1990 e 1998; até a fratura de Elano, que desmontou a precária meia-cancha de Dunga na Copa passada, os torcedores rezam para que os melhores jogadores não se machuquem.

Agora não é diferente, pois a seleção dispõe de boa base, mas não conta com reservas à altura. Nem mesmo a inatividade do goleiro Júlio César preocupa tanto quanto o afastamento de algum outro jogador, com destaque às feras Paulinho, Oscar e Neymar. Fred é a grande interrogação diante da sua lenta recuperação, se bem que Lucas recuperou o brilho nas últimas partidas do PSG e pode somar no ataque, o ponto mais nebuloso da seleção.

Mas como sede, acrescentamos maior número de responsabilidades e preocupações. Não é apenas a dúvida quanto ao sucesso do time, mas ao sucesso da organização da Copa. Será que a população entenderá a gravidade do momento e suspenderá temporariamente os protestos ou diminuirá a violência nas ruas?

A morte de um torcedor do Santos, massacrado por bandidos vestidos com camisas das organizadas do São Paulo, deve ter acendido o sinal vermelho no painel do controle de segurança pública do governo. Ou vão esperar que torcedores com a camisa da Argentina, da Espanha ou de outro país também sejam agredidos ou mortos nas avenidas brasileiras?

Pelo menos o ministério da Justiça se movimenta para tentar acabar com o uso de máscaras em manifestações públicas. Esses poucos indivíduos confundem democracia com baderna. Bom seria se a nossa única inquietação fosse com o ajuste do time de Felipão, mas, desta vez, tem muito mais coisa importante em jogo.

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