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Fecho esta coluna sem sa­­ber como foram os jogos Paraná x Asa, e Costa Rica x Brasil. Mas, pelo andar da carruagem, salvo engano, creio que pouco acrescentaria além daquilo que os comunicadores de rádio e televisão nos facilitaram com os seus relatos. Asseguro que na entrevista coletiva da seleção, Mano Menezes foi elegante e não se alterou. Na Vila, profetizo que a turma do amendoim praticou a terapia do cuspo a distância.

A semana foi recheada e ra­­chada. A presidenta e o ministro dos Esportes esgrimiram – ela no florete e ele no sabre –, com os gladiadores da Fifa. Na disputa em Bruxelas, estavam em jogo a cerveja e os velhinhos. Eles (os cartolas) querendo ferir o Es­­tatuto do Idoso e ainda cortar o meio-ingresso dos estudantes. Nós (Dilma e Orlando), tentando proteger os legítimos direitos de soberania.

Ela (a Fifa) pensa que durante uma Copa do Mundo os estádios têm legitimidade de embaixada. Como se fosse um território da Fifa, dentro do nosso e de outros países. Inviolável. Por isso insiste na venda de cerveja (alcoólica) no dia dos jogos, o que não é permitido por lei em alguns estados do país. Neste primeiro encontro não houve vencedor. O próximo combate será no Brasil. Acho melhor nossos esgrimistas se prevenirem, usando máscaras, luvas e coletes protetores.

Por aqui, Atlético e Coritiba mergulharam fundo na onda dos estádios. Um sereno, o outro nem tanto. O Coritiba tem paz interior, mas lida com um projeto ousado. O Atlético, em ebulição política, administra a conclusão da Arena até com certa tranquilidade. Se por um lado Ribeiro de Andrade é unanimidade, por outro o grau de dificuldade para ter êxito neste salto quântico, é maior. Lá na Baixada, assim como na Revolução Fran­­cesa, a luta saudável continua há dez anos ou mais. Tomaram a Bastilha e os olhos do mundo re­­gistraram a moderna transformação rubro-negra. Dificuldades apenas por conta dos conceitos de radicais e de moderados, em­­bo­­ra na origem os ideais te­­nham sido o mesmo. Hoje Ro­­bespièrre quer guilhotinar Danton. Ama­nhã não sei.

De qualquer forma, a França, digo, o Atlético, cresce para o mundo do futebol. Lembrando que o pilar mais importante para o êxito nas investidas corajosas que praticam seus líderes, e isso serve para Coritiba e Atlético, é o devotamento, a abnegação e a tolerância. Cada um por todos, todos por um. Que é a antítese do egoísmo. E esta é uma causa coletiva, não individual, narcisista. Torço pelo êxito dos coirmãos.

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