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O gol de Paulo Baier logo no início deu a impressão de que o Atlético voltaria com nove dedos na classificação à semifinal da Copa do Brasil. Teria o desejado contra-ataque contra um Inter desarrumado. Seria assim, caso Ederson não perdesse um gol feito. A partir dali, o Colorado se arrumou e a pressão tornou-se insuportável após a expulsão de João Paulo. Os gaúchos mereceram empatar. Um resultado que não é o possível, mas deixa o Furacão mais perto da vaga que os gaúchos.

Fez história

Política e dinheiro pesaram mais que a bola para o Atlético dar um bico no Estadual deste ano. Disputar alguns jogos no Estadual não faria mal ao Atlético, pelo contrário, daria um ritmo bem-vindo para o Brasileiro. Outros clubes já vinham ensaiando tal ruptura, escalando o mistão nas disputas domésticas. Tudo isso é verdade, mas devemos pôr os pingos nos is. O Atlético foi além do ensaio e o desprezo ao Estadual permitiu ao clube fazer uma pré-temporada decente. Pré-temporada que se transformou em um dos principais argumentos do levante de jogadores contra o calendário, junto com a excelente performance de Cruzeiro e Atlético-MG. Se os mineiros deram o exemplo de como se virar no calendário atual, o Atlético indica o futuro. A pré-temporada rubro-negra é tão histórica quanto o levante em si, e ganhará mais corpo à medida que o Bom Senso F.C. tiver suas justas reivindicações atendidas.

Para 2014, será generalizada a escalação de garotos nos estaduais, seguindo os passos do Atlético, mesmo que alguns não admitam. A história está feita e se agarrar aos poréns da pré-temporada, mesmo que sejam corretas, soa a birra. Como também é birra não reconhecer o acerto de Petraglia na pré-temporada. Se por tudo que acontece de ruim no Atlético o culpado é ele, sob justificativa de que ele manda e os demais obedecem, seria incoerência cravar que logo uma bola tão dentro foi chutada por outro.

Dilema coxa

Caio Júnior é o técnico que o Coritiba quer para o momento e para 2014. Não há dúvida disso. Há, sim, dúvida quanto a receber o estafe de quatro profissionais que trabalha com Caio. O problema não é falta de competência, mas sim inchar a comissão técnica alviverde ou ter de arcar com mais algumas rescisões trabalhistas. Por isso a busca por Celso Roth, que não é um jovem treinador, como o perfil traçado por Vilson, mas tem bons trabalhos, títulos e carrega apenas um auxiliar. Porém, ao contrário do mercado, Roth não se vê como um técnico de tiro curto. Também não admite baixar seu nível salarial, superior ao de Caio.

O Coritiba se vê em um dilema: traz Caio, incha a comissão técnica e paga para ver se haverá uma boa relação entre quem ficou e quem chega? Traz Caio e demite mais gente? Ou aposta em um bombeiro que tope um contrato curto, sem a segurança de que dará certo e com a certeza de que precisará trazer alguém em dezembro para pensar 2014? Entre todas as opções, Caio Júnior é a melhor e esse é o momento adequado para mexer na comissão técnica. Claro, sem esquecer que o elenco alviverde tem gente que nem Guardiola daria jeito.

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