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Segundo Antônio Lopes, o Atlético busca um técnico top para substituir Ricardo Drubscky. O conceito de top no futebol brasileiro é enganoso. Está muito mais ligado a salário do que a desempenho.

Ninguém é mais top na conta bancária do que Vanderlei Luxemburgo. Trabalho após trabalho, porém, tem ficado claro que contratar o "pofexô" é jogar dinheiro fora. Muricy Ramalho é top no salário, mas seu último ano no Santos o deixa mais próximo de Luxemburgo que do Muricy do São Paulo, do Fluminense e do Peixe até o atropelamento pelo Barcelona.

Ney Franco e Dorival Júnior estão em uma faixa intermediária dos técnicos top. São caros, mas têm muitos bons trabalhos no currículo. Trabalhos que invariavelmente tiveram tempo para dar resultado e material humano para formar times competitivos. Duas condições que o Atlético não tem como oferecer no momento.

O próximo treinador rubro-negro precisará tirar leite de pedra. Transformar um elenco de Série B em time de meio de tabela da Série A. Entre os ditos tops, ninguém tem mais experiência e sucesso nessa condição do que Celso Roth. O problema é que por menos de 200 mil reais por mês, Roth nem atende o telefone.

Petraglia, historicamente, não paga mais do que 100 mil reais para treinador, no que está totalmente certo. Quebrar essa lógica agora seria uma confissão silenciosa de que o trabalho da temporada foi mal feito e que o risco de rebaixamento é iminente.

Drubscky

A demissão de Ricardo Drubs­­cky põe nele um carimbo de culpado pela campanha no Brasileiro. Drubscky é culpado em apenas dois pontos. Aceitou as condições impostas pela diretoria (pré-temporada estendida, sub-23 independente, política de relação com a imprensa etc.) e não mudou o posicionamento em linha da zaga, responsável por 9 dos 13 gols sofridos no Nacional.

A culpa maior, porém, é da diretoria. Manteve um elenco de Segunda Divisão para jogar a Primeira. Na ânsia de fazer política, não permitiu nem mesmo um punhado de testes para esse time no Estadual. Alimentou a ilusão de que o Atlético tinha em mãos uma equipe mais poderosa do que a realidade. Como não tem, a simples troca de comando não resolverá os problemas do Furacão.

A vez do K9

É preciso toda a calma do mundo com Keirrison. O atacante deve ficar no banco no Atletiba e é impossível prever como seu corpo reagirá à retomada do ritmo de jogos após quase dois anos de inatividade. Mas a saída de Rafinha, combinada à falta de opções 100% confiáveis para o seu lugar, abre uma perspectiva acima de qualquer expectativa para o K9. Keirrison tem espaço para tornar-se o parceiro de ataque de Deivid em médio prazo. Não com a velocidade de um Rafinha, mas com o faro de gol que o consagrou com a camisa alviverde. Ainda mais com Alex lançando.

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