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A Sul-Minas é a melhor solução técnica e financeira para a abertura de temporada dos clubes paranaenses. Para sair do papel, porém, o torneio precisa ser bom para as equipes dos três outros estados envolvidos. Esse é o problema a ser resolvido.

Semana passada, o Henry Xavier, da 98 FM, ouviu os presidentes das quatro federações a respeito. Naturalmente, veem com ressalva a retomada do regional, que renegaria os estaduais a último plano. Mas deixaram pistas de que mesmo na negociação direta com os clubes será preciso oferecer algo realmente melhor.

A dupla Grenal tem o foco do primeiro semestre totalmente voltado à Libertadores, onde pelo menos um dos dois bate cartão sem falta desde 2006. O Gauchão, com seus turnos curtos de fases eliminatórias, dá margem suficiente para usar o time reserva, além de oferecer uma boa receita. Em Minas, o Galo tenta criar a mesma cultura de Libertadores que o Cruzeiro. E o Estadual dá uma boa força, ao ter poucas datas e começar somente em fevereiro. Encarar outro torneio forte, para esses quatro clubes, significaria gastar uma energia a ser empregada na competição continental.

Os catarinenses não têm a mesma ambição internacional, mas conseguiram chegar a uma fórmula razoável: a receita é bem distribuída entre os clubes, há uma boa frequência de público e o nível técnico é parelho. O resultado é um fortalecimento coletivo, que explica, por exemplo, a presença de cinco times do estado entre as Séries A e B do Brasileiro.

O resumo é que o cenário atual, mesmo com limitações, é interessante a gaúchos, catarinenses e mineiros. Isso dificulta, mas não inviabiliza uma adesão à Sul-Minas. Se houver mais dinheiro e um calendário racional, por exemplo, é claro que todos vão correndo se abraçar no regional. É preciso montar um bom plano de negócio e partir para o corpo a corpo. Um caminho longo, mas que vale a pena ser percorrido.

#freeBartola

Destaque na base coxa-branca e na Dallas Cup, Bartola estreou, no sábado, como profissional e como Anderson Costa. Um rebatismo desnecessário, que cria uma pasteurização que leva do nada a lugar algum. Para o mercado, o que vai fazer diferença será seu futebol. Para efeito de marketing, muito mais produtivo ter uma marca "exclusiva" do que ser mais um nessa massa de jogadores com nome, sobrenome, RG e CPF.

Fico imaginando como seria se Pelé jogasse hoje em dia. Seria tão espetacular como antes, mas algum gênio o chamaria de Edson Nascimento – ou Edson Mineiro, ele trocaria o soco no ar pelo Créu nas comemorações de gol e em momentos históricos, pediria para ouvir MC Federado no Fantástico ao invés de clamar por atenção com as crianças.

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