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A torcida do Coritiba deu imediatamente o veredito para a sofrida vitória sobre o Toledo. Vaias para todos os jogadores – menos Tcheco – e coro de burro para Mar­celo Oliveira. A reação dá a medida da diferença entre a expectativa criada pelo Coxa e o que a equipe efetivamente está entregando.

O supertime que passeou no Paranaense-2011 simplesmente não existe mais e a sua reconstrução avança pouco. Jogo após jogo os mesmos erros são repetidos: erros de passe em excesso, dificuldade em furar retrancas, desempenho inconstante dos homens-gol. É isso que causa aflição no torcedor, olhar para o campo e ver os problemas se repetindo.

Algumas soluções podem aparecer. Caso de Gil, que após seis meses hibernando engatou quatro bons jogos. Outras só virão com a contratação de reforços, algo difícil com os estaduais em plena fase de classificação. Não pode é o clube achar que com esse elenco o Coritiba aguenta a temporada. As vaias de ontem são justificáveis, mas não podem ter Marcelo e os jogadores como únicos alvos.

Rabisca, Evaristo

Paulo André, zagueiro do Corinthians, lançou ontem sua autobiografia. Uma obra rara sob vários aspectos. É raro jogadores brasileiros lançarem autobiografias, e ainda em atividade periga ser a primeira. Li o livro inteiro por razões profissionais e fiquei impressionado com o resultado. Ótimas histórias, todas bem escritas, algumas da passagem dele pelo Atlético, entre 2005 e 2006.

Uma em especial é muito divertida e compartilho com os leitores: a preleção de Evaristo de Macedo antes do Atletiba do returno do Brasileiro daquele ano, no Couto Pereira. O veterano treinador havia sido contratado para substituir Antonio Lopes, que transferiu-se para o Corinthians. Boleirão, Evaristo adorava participar da roda de bobinho antes dos treinos e sempre que conseguia ludibriar algum jogador com uma finta, soltava: "Não vem, não. Não vem que eu rabissssco, meu filho!"

Para o clássico, a estratégia foi igualmente ousada: "Ao começar a preleção, ele sentiu que estávamos muito sérios, com certo receio de enfrentar o nosso maior rival. Seu Evaristo encarou cada um dos relacionados, olhou para a prancheta, leu o nome dos jogadores do time adversário em voz alta e disse: ‘Não conheço nenhum desses caras, não sei por que vocês estão com medo. Hoje não tem palestra, po­­dem ir lá pra cima e ganhar esse jo­go’." O Atlético foi. E ganhou por 2 a 1.

Consultor

Ano passado, Petraglia disse a Pau­­lo André que gostaria de contar com ele para este ano, caso fosse eleito. Petraglia venceu a eleição, mas entre o convite informal e a abertura de qualquer negociação Paulo André renovou contrato com o Corinthians. O dirigente, en­­tão, pediu ao jogador que fique de olho no Paulistão para ver se tem alguma boa revelação no interior que sirva ao Atlético na Série B.

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