O período pré-Copa está sendo marcado por divagações, teorias e, principalmente, especulações. De um lado há Dunga e seu grupo. Do outro, o Brasil. Deveria ser tudo a mesma coisa, mas não é. O Brasil é dividido entre os que acreditam e os que não. Dunga convocou e não agradou.
Boa parte do Brasil queria Ganso. Mas, Ganso é um símbolo, mais que um jogador. Ele simboliza o "camisa". Pelé, o maior de todos os tempos, era "10". Usar a essa camisa 10 sempre representou uma mística na seleção. Dez é o número do melhor, do grande craque, daquele que é diferente, superior, capaz de levar o país nas costas. Dez é o número do herói.
Não temos o 10 na África do Sul. E, a ausência dele nos faz desconfiar de Dunga e seu grupo. Por isso o treinador prega um discurso motivacional, sem entrar em detalhes de como vai ser a estratégia tática e a plataforma de jogo da seleção. Dunga aposta na qualidade individual de cada um, mostrando a seus comandados como é importante vencer uma Copa.
Como jogador, Dunga nunca foi nada de extraordinário. Foi esforçado, determinado e disciplinado. Formou uma equipe com este perfil. Fez os 23 que levou à África do Sul olharem nele, Dunga, o jogador ideal para uma Copa. Levou operários, dispensou os craques. Claro que temos alguns com talento na seleção, mas, no geral, ninguém que possa assombrar o planeta como Pelé.
"É preciso ter orgulho de vestir a verde e amarela", prega o treinador, que "lavou" os cérebros dos jogadores brasileiros. Todos que deram entrevistas disseram isso. Estão afinados como discurso de Dunga. O técnico falou e disse. É nisso que os jogadores acreditam. Sem o "10", Dunga também!
Kaká é o nosso expoente. Porém chega ao mundial como nossa mais dúvida. Jogará? Estará 100%? Carregará a seleção nas costas? Se ele não fizer, quem fará? A verdade está prestes a emergir. A hora está chegando. Faltam apenas 13 dias.
Velha mania
O Atlético segue a receita do rebaixamento: vai trocando de técnico na temporada. A falta de planejamento leva a este erro. Escolheu errado no começo e vai tentando arrumar pelo caminho. Começou com Antônio Lopes, passou para Leandro Niehues e agora procura um novo nome. Será definitivo? Irá até o final?
Personagem: Kaká
Finalmente o craque se reencontrou com a bola no primeiro treino da seleção brasileira na África do Sul, nesta sexta-feira. Na primeira semana de preparação do Brasil, Kaká passou o tempo recuperando a forma após uma contusão muscular na coxa esquerda.
A frase
"Parece com as bolas de supermercado", definiu o goleiro da seleção brasileira, Júlio César, reprovando a bola oficial do Mundial da África do Sul.
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