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Amanhã daremos o "golpe de misericórdia" no Campeonato Paranaense do supermando. O de 2009 foi um pouco melhor porque teve o ingrediente da surpresa. Fomos todos surpreendidos pelo supermando quando nem imaginávamos que ele pudesse existir. Neste ano, sabíamos dele e ficou sem graça. Foi o pior Campeonato Pa­­ranaense da história.

Vejam a última rodada. Um martírio para os outros sete participantes. Só o torcedor do Coritiba tem motivos para ir ao estádio. Vai para festejar o 34º título estadual. Vai para festejar o fracasso do rival na Copa do Brasil. Vai para comemorar a pró­­pria ressureição, após o ca­­tastrófico 2009, ano do catastrófico centenário.

O pior campeonato paranaense de todos tempos nem se­­quer deixa lições. Nem para isso serviu! Que coisa! Vamos esquecê-lo no domingo à noite mesmo. Vamos pensar no Brasileiro, Séries A, B e D. Vamos pensar no Paranaense de 2011. Este que acaba amanhã ficará apenas para a memória da torcida Coxa-branca. Trigésmio quarto título. Dos 95 campeonatos paranaenses, o Coritiba venceu 35,7% deles. Impressionante!

Com perspectivas sombrias a partir de agora, nosso futebol volta o foco para os Nacionais, pois é apenas isso que nos resta no calendário. Nosso pior em tantos anos. Pobre em todos os sentidos. Reflexo de nossa falta completa de ambição. Nossa falta de vontade de sermos grandes na alma, no espírito, no or­­gu­­lho. Nos acomodamos com a falta de perspectivas e achamos que vencer o Campeonato Para­­naense nos basta.

Jamais cresceremos com tal mentalidade. Jamais sairemos do marasmo, do ostracismo, da melancolia. Esse conformismo impregnado em nossas cabeças nos deixa estacionados no tempo e no espaço. Chegamos ao fim da feira. Amanhã recolheremos os tomates podres do chão achando que fizemos um grande negócio...

Enquanto isso...

Enquanto isso, outras federações viverão suas decisões. Jogos de grandes públicos, de emoções. Fórmulas mais bem planejadas, com algum grau de inteligência e respeito pelos filiados. Campeonatos que simplesmente deram certo e chegam ao ápice sem as bizarrices das quais vamos nos tornando PHDs.

Personagem: Andrade

Campeão Brasileiro, quebrando um jejum histórico do Flamengo e do futebol carioca, Andrade não sobreviveu a uma vitória. É caiu na vitória, na classificação do time para as oitavas de final da Libertadores. Campeão Brasi­­lei­­ro, imaginem!

Mais uma prova da curta memória e da baixa consideração que o imediatismo, a arrogância e ignorância dos dirigentes provocam no futebol. Cadê o respeito?

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