• Carregando...

Aliás, atacar deveria ser um princípio básico do futebol e só não o é por causa do receio e da apreensão que permeia entre os treinadores, principalmente aqui no Brasil.

Que valha o exemplo do próprio Coxa, no ano passado, quando decidia o título com o Vasco da Gama, nessa mesma Copa do Brasil. Por ter perdido o primeiro jogo, precisava atacar, o que não seria nada demais para aquele time que vinha passando da bola. Mas o treinador, sabe-se lá porquê, mu­­dou o esquema tático da equipe, pondo um volante a mais em campo e quebrando uma estrutura de jogo que vinha funcionando praticamente por música. Os efeitos todos conhecem. Levou um gol, teve de mu­­dar o esquema ainda no primeiro tempo, mas sem chance de reverter a vantagem dos cariocas.

Claro que o Nacional não é o Vas­­co nem o Coritiba de hoje se compara ao do ano passado. Mas, ainda assim, é mais time que o dos manauaras, que, acre­­­­­­dita-se, virão fechados, tentando surpreender em contra-ataques para tentar a classificação, já que o 0 a 0 da primeira partida obriga a busca do gol a qualquer um dos lados. A não ser que haja interesse na disputa por pênaltis, o que nem sempre é bom ne­­gócio.

Geraldo ou Renan Oliveira? – põe em dúvida o técnico Marcelo Oliveira. São dois jogadores instáveis, que tanto podem render tudo quanto nada. Renan tem mais técnica, mais controle de bola, mais raciocínio, enquanto Geraldo é explosão e drible, o que faz muito bem em seus me­­lhores dias. Como o lateral do Na­­cional é daqueles que descem ao ataque com frequência, a presença do angolano em campo pode ser interessante. Ou para ex­­plo­­rar suas costas ou para im­­pedi-lo de atacar, preocupado com a presença permanente de alguém ali por seu setor.

Não há como negar o favoritismo coxa, que joga em casa, conta com a força da torcida e tem mais história e recursos técnicos do que o adversário. Nem por isso é possível se considerar favas contadas a classificação à segunda fase do torneio, pois a Copa do Brasil tem sido marcada pelas grandes surpresas, justamente quando a soberba e o otimismo superam a prudência e o bom senso.

A cerveja

Acho inútil essa conversa de liberar ou não a venda de bebida al­­coólica nas praças esportivas du­­rante (ou não) a Copa do Mun­­do. A supressão da venda, via Es­­ta­­tuto do Torcedor, não impediu um mínimo de mudança de comportamento dos torcedores mais exaltados, pois aqueles que tu­­multuam continuam se em­­bria­­gando fora do estádio, no boteco da esquina ou no ambulante logo ali fora do portão.

Há assuntos bem mais sérios a serem discutidos do que o local onde o cidadão vai beber. Quem está a fim de beber, bebe em qualquer lugar.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]