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Tem um amigo meu, coxa doente, que é daqueles que acham que tudo vai dar errado. Antes de qualquer partida diz que o atacante não vai conseguir marcar, que o meia não consegue mais lançar... coisas assim. E, desde sempre, repete em relação ao goleiro Vanderlei: é bom, mas atrai gol.

Contesto sempre, não consigo entender essa afirmação. Se o cara é bom, pega tudo, o possível e alguma coisa também impossível, como é que atrai gol? Quem atrai gol é uma defesa mal arrumada, a marcação falha, a falta de cobertura, que permitem ao adversário os arremates. E nem sempre o goleiro pode pegar. Isso é atrair gol?

No sábado, jogo tenso, disputado, o Coritiba tentava manter o bom desempenho em casa, marca da nova gestão do técnico Marquinhos Santos. Só que o adversário não era qualquer um e sim o Fluminense, disputando a manutenção de uma posição entre os quatro primeiros colocados. Time bem armado, os três zagueiros permitindo ação maior dos dois laterais e todos ligados no conjunto, já que a individualidade não faria diferença, pois o capitão Alex estava fora – e aí também faltaria o desempenho da bola parada, dos lançamentos precisos, do talento do craque.

Pois o Coritiba perdeu uma chance, mas na segunda fez valer a força do mando de campo. Torcida jogando junto, apesar de ainda não lotar o Couto Pereira, Joel marcou e dali em diante ainda haveria todo um segundo tempo para tentar manter a vantagem.

Marquinhos Santos é um bom comandante, tem seus jogadores sob controle e soube manter o Coritiba compactado, marcação atenta, resultado posto em prova. Porém não há como segurar o tempo todo um oponente disposto a fazer pontos. Quer dizer: há, sim. Contando com um goleiro diferenciado. Vanderlei, no caso. Não anotei, não sou um estatístico (como tem sido moda entre alguns comentaristas mais moderninhos), mas foram quatro ou cinco defesas decisivas para a confirmação da importante vitória alviverde.

Alex é fundamental para boas performances da equipe, mas infelizmente não tem mais como cumprir assiduamente esse árduo calendário brasileiro. Fica uma fora, fica outra, quando volta resolve. Mas – que meu amigo coxa me perdoe – é preciso reverenciar Vanderlei. Não é de hoje, vem desses anos todos, que tem sido o jogador mais importante do Coritiba, enquanto uns e outros candidatos a craque chegam e logo se vão.

E será, certamente, fundamental no término dessa campanha de permanência na primeira divisão nacional.

Dois tempos

O Atlético administrou a partida em Volta Redonda e ganhou ao natural do Botafogo. Está livre de qualquer pressão e pode – agora matematicamente – começar a configurar o trabalho da próxima temporada.

O Paraná, apático, conseguiu perder pro horrível Vilanova. Agora são dois pontos apenas acima da zona do rebaixamento. Não sei, não.

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