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Aquele gol logo no início da partida passou a impressão de que tudo poderia ser bem mais fácil para o Atlético. Falsa impressão, logo se descobriu, pois o Paysandu parecia disposto a vender caro seu afastamento da sequência da Copa do Brasil. Tanto que logo depois, num contra-ataque veloz, perdeu um gol feito com o lateral Pikachu, daqueles que só o atacante Marcão sabe como são.

Marcão que também continuou fazendo das suas. Teve duas chances nos pés, não tão claras como a do Atletiba, mas só conseguiu atiçar o desespero da torcida, que, definitivamente, perdeu a paciência com o atacante. A torcida e o técnico Vagner Mancini, que preferiu não voltar com ele depois do intervalo, buscando melhores opções para as jogadas de frente de seu time.

Aliás, o ataque voltou a ser o problema principal da equipe no jogo de ontem. Mesmo com a vitória, diga-se. O próprio Mancini havia declarado, dias atrás, que trataria de mexer na concepção tática do time, que só atacava e vivia sendo surpreendido com a defesa vulnerável, proporcionando grandes emoções e placares dilatados – a maioria desfavorável.

Consertou lá atrás, é verdade. A defesa está mais segura, embora o goleiro Weverton não inspire nenhuma confiança na bola alta. É muito bom nas bolas por baixo, tem reflexo para os arremates à queima-roupa, mas é um festival de erros quando tem de sair do gol para interferir por cima. Invariavelmente dá um soco e a bola cai ainda por ali, nas imediações da grande área. Foi assim que saiu o gol do Paysandu, quando o marcador já parecia estar resolvido.

Mas, ainda aos solavancos, o Atlético conseguiu a classificação e está na fase de oitavas de final da Copa do Brasil. E já sendo moldado pelo novo treinador, que, pelo que se percebe, parece ter mais autonomia que seu antecessor, tomando decisões que são mais suas do que do, digamos, consenso.

A começar pela manutenção de Paulo Baier como titular, valorizando o potencial técnico de seu melhor jogador. Ontem ele foi novamente decisivo, com belos passes, a boa (e arriscada) cobrança de pênalti no primeiro gol e a assistência para Marcelo marcar o segundo.

O Atlético passou, alívio geral. Mas ainda falta muito para chegar no que o torcedor imagina e ao que ele foi prometido pela diretoria do clube.

A homenagem

Antes da partida os jogadores do Atlético entraram em campo com uma faixa de saudades para Djalma Santos, um dos seus mais ilustres jogadores. Djalma foi um dos profissionais mais corretos que conheci e uma das figuras mais importantes do futebol mundial, que veio aqui para Curitiba com a mesma gana de quem estaria disputando uma partida pela seleção brasileira, onde foi incomparável. Saudades.

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