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Foi aos atropelos, mas o importante é que veio a classificação inédita do Coritiba na Copa Sul-Americana. Com todos os méritos para o goleiro Vanderlei, que, se falhou na partida de ida, enganado pelo efeito da bola na cobrança de falta, redimiu-se completamente e garantiu a vaga na cobrança dos pênaltis.

E o torcedor, sempre passional, volta a rever suas impressões sobre o guapo. É que dias atrás já não servia mais (e li isso até de repórter que cobre a rotina do clube há décadas), necessitava ao mínimo de uma "sombra" e já teria encerrado sua cota de contribuição ao clube. Todos nós sabemos que as coisas não funcionam bem assim e que não se troca um profissional do nível técnico de Vanderlei num passe de mágica. É hoje um dos melhores goleiros do país e só tem o defeito de ser humano, suscetível a uma falha ou outra. Mas que não ficam nem no pé dos valores positivos que suas atuações significam.

A vitória consolidada na madrugada de ontem pode pôr um fim à fase de baixa pela qual o time passou nas últimas semanas, consequência dos sensíveis desfalques agravados a cada partida. Impossível um time manter a estabilidade sem contar com mais da metade de seus titulares, por mais qualificado que seja o grupo profissional. Seja como for, titular é titular e reserva é reserva, cada qual no seu jeito e no seu estilo. E se uma equipe é moldada a partir dos recursos técnicos de seus titulares, sofre inevitável queda de rendimento quando forçada a alterar a definição tática para se adequar às novas peças.

Agora, aos poucos, os principais jogadores vão sendo liberados pelo departamento médico e entregues novamente ao treinador. Dentre eles Alex, o mais importante de todos. E assim, após um período de turbulência que costuma atingir todas as agremiações, o Coritiba pode voltar a pensar alto e a projetar melhores dias pela frente.

Tanto na Sul-Americana quanto no Campeonato Brasileiro, que já lhe oferece adversário difícil para o próximo domingo, o Internacional, no Alto da Glória.

Impunidade

Os episódios de Brasília chamaram novamente à pauta o assunto da violência nos estádios de futebol. E também fora dele, pois os torcedores organizados costumam se ver como inimigos conforme as cores contrárias em suas camisas.

E a retórica pela retórica não adianta. Sabe-se que somente providências efetivas resolvem a questão. Se não houver punições pesadas, tudo continua como está. Funcionou na Inglaterra, na Itália e também pode funcionar aqui. Desde que os infratores sejam efetivamente punidos, banidos dos estádios e de suas imediações para longos períodos.

Mas essa é mesmo uma situação bem brasileira. Todos sabem quem são os infratores, onde eles estão e o que poderão fazer. E simplesmente deixam acontecer.

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