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Menos mal, tem um ponto positivo: depois de muito tempo o Atlético não levou gol. Mas o resultado de empate com o Paysandu não foi dos melhores, pois qualquer empate que ocorra em Curitiba não interessa: com gols é dos paraenses; sem gols leva a decisão para os pênaltis. Mas as chances serão muito boas em Curitiba. Pelo menos se a defesa continuar se comportando bem. Resta saber como será o desempenho do ataque.

Em Assunção, o outro Atlético, o Mineiro, levou um gol no último instante que pode quebrar o sonho da conquista da Libertadores. Volta para casa com 2 a 0 e com mais um desafio de arrebentar corações. Ficou difícil, muito difícil.

Missão de líder

Até onde vai o Coritiba, líder invicto do Campeonato Brasileiro? É a pergunta que mais se ouve por aí. E uma das que mais me fazem quando o assunto cai no futebol. E eu sempre respondo que não sei, mas que entendo ser possível ir longe, desde que se mantenha a estabilidade técnica apresentada pelo time até agora na competição.

Para isso, o jogo de domingo que vem será fundamental. Uma prova da real capacidade da equipe, pegando um Santos em ascensão lá no caldeirão da Vila Belmiro (estarei lá para acompanhar o jogo de perto, pois a RPC TV transmite a partida ao vivo). Se bem que todo jogo é prova real para quem pretende chegar longe em qualquer disputa. Vale o batido chavão, dito e repetido por todos os profissionais da área: em pontos corridos, todo jogo é uma final.

Mas essa partida de Santos, em particular, é especial. Primeiro, porque a mídia nacional começa a voltar novamente as atenções para o time santista, revigorado e recuperado após a saída de Neymar, apostando em técnico e jogadores da casa para se reerguer. Vem de uma série consecutiva de vitórias, fazendo muitos gols e marcando território quando joga em casa.

Mas a campanha positiva tem funcionando muito mais pelos resultados do que pelo rendimento em si. Só para ficarmos nos dois jogos mais recentes, contra o Flamengo houve um desencontro total no primeiro tempo, mas pelo menos o conserto chegou a tempo e com ele o empate. Contra o Atlético, no melhor momento do adversário (que até foi melhor no todo da bola rolando) surgiu o gol, atestado da boa fase que o time atravessa – pois já houve tempo de jogar bem e não conseguir bom resultado.

O Coxa ainda precisa acertar as coisas ali no meio de campo, onde só Alex aparece para resolver. Como Bottinelli ainda não decolou, Robinho tem sido o melhor escudeiro do capitão, mas também com a obrigação de marcar. E as boas bolas sobram todas para Júnior Urso, pois os adversários sabem que daquele mato não sai coelho. É bem provável que o time seja mais cauteloso em Santos do que foi no Atletiba. O técnico Marquinhos Santos escolhe os protagonistas conforme a ocasião. Mas precisa pensar grande, para manter-se na ponta e invicto.

Dinossauros

Aos poucos o panorama do futebol brasileiro vai mudando. O perfil dos treinadores em atividade já é outro, à medida que os mais antigos vão ficando sem campo de trabalho. Joel Santana, Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo, Celso Roth... tem uma boa turma aí vivendo de rendimentos, sem muita perspectiva de convites imediatos na campanha nacional.

Também não é por nada, mas com os inflacionados salários que vinham recebendo e com os clubes atolados em dívidas, as equações já não estavam mais fechando. Nem dentro de campo nem fora dele.

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