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Uma boa notícia para o Atlético: neste ano não será necessária uma pontuação extraordinária para escapar do rebaixamento. Nem os 47 sempre apontados no início do campeonato como faixa de segurança absoluta e nem os 45 que derrubaram o Coritiba em 2009 – máximo com o qual um time já caiu para a Série B no Brasileiro por pontos corridos com 20 clubes. A tendência é evitar a degola com 43 ou até 42 pontos, como o Atlé­tico-GO fez no ano passado.

Isso considerando uma normal arrancada dos desesperados na reta final, porque, levando em conta o aproveitamento atual, o Cruzeiro (34% dos pontos conquistados), primeiro fora da zona de rebaixamento, chegaria apenas a 39. O Ceará (35%), uma posição acima, acabaria com 40.

Mas aí vem a má notícia. Uma que nem necessita ser anunciada para quem tem visto o Furacão em campo: é preciso um grande esforço de otimismo para acreditar que o time vencerá os cinco jogos que o levariam aos 43 pontos.

Enquanto a derrocada de Cruzeiro e Ceará dá esperanças aos atuais ocupantes da ZR, a falta de reação destes corta rapidamente o ânimo. Se cruzeirenses e cearenses voltaram a perder no fim de semana, Atlético-MG, Atlé­­­tico, Avaí e América-MG não fizeram diferente. Parece que a briga é para cair. O time paranaense, por exemplo, mantendo o ritmo de 31% de aproveitamento, chegaria apenas aos 35 pontos.

O técnico Antônio Lopes vive esse dilema. No início da semana passada, após estudar a tabela, disse que não estava tão difícil assim. Analisando os adversários, é claro, porque os dois jogos se­­guintes – empate amargo em casa com o Vasco após abrir 2 a 0 e derrota "ao natural" para o Bo­­tafogo no Rio – foram novas provas contundentes de que o maior problema está no próprio time.

O negócio é se agarrar em mo­­mentos como a vitória sobre o Internacional, há duas semanas, ou o primeiro tempo do jogo com o Vasco. Mesmo aos trancos e barrancos, arranjar a força que só os desesperados conseguem para quem sabe vencer os quatro jogos na Arena – Ceará, Atlético-GO, São Paulo e Coritiba –, além do lanterna América-MG fora de casa. Ainda ajudaria muito segurar pelo menos um empate com o Cruzeiro, também em Minas Gerais. Daria até para perder para Santos e Corinthians.

Mas qualquer esperança passa pelo jogo de domingo contra o Ceará, teoricamente a vitória mais acessível nos jogos restantes na Baixada. O adversário tem o segundo pior rendimento como visitante – uma vitória, quatro empates e dez derrotas – e a segunda pior campanha do returno – uma vitória, quatro empates e seis derrotas. Se não aproveitar a chance de diminuir de quatro para um ponto a diferença em relação ao concorrente direto, é melhor nem perder mais tempo com contas.

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