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Ligado durante os 90 minutos, Edson Bastos já se preparava para a defesa quando Lucas Mendes desarmou Alex Mineiro | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
Ligado durante os 90 minutos, Edson Bastos já se preparava para a defesa quando Lucas Mendes desarmou Alex Mineiro| Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo
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Eram seis minutos do segundo tempo e o torcedor coxa-branca ainda vibrava nas arquibancadas com o gol de Marcos Aurélio quando Tartá saiu na cara do gol. Era a chance que o Atlético precisava para abafar a pressão verde. O atleticano chegou com velocidade, firme, pegou em cheio na bola. O gol estava escrito. Menos para Ed­son Bastos. Ele fez o improvável, quase impossível, voando pa­­ra espalmar a bola com o braço di­­reito. Na arquibancada, uma ex­­plosão: era como se Bastos tivesse feito um gol. E o torcedor sentiu o título mais perto.

Antes, Bastos já havia evitado o gol em um sem-pulo de Paulo Bai­er, que fez até o camisa 10 atleticano cumprimentar o adversário. A competência do ataque coritibano en­­controu em Edson uma muralha, fazendo um casamento perfeito, reconhecido pela torcida e pelo preparador de goleiros Mar­­celo Gia­­comelli: "Méritos dele. É um trabalho difícil, do dia a dia, com muito esforço".

Foi assim em outros jogos na competição, como contra o Ope­­rário e no Atletiba da primeira fase. E no clássico de ontem, mais uma vez. Alegria no rosto do paranaense de Foz do Iguaçu, que jura ser coxa-branca desde criança. E que afastou um fantasma.

"Nesse local em que no ano passado eu chorei, hoje eu choro de novo, mas de alegria", assumia o goleiro, relembrando a queda pa­­ra a Série B dentro de casa, no ano do centenário do clube. Boa parte do elenco rebaixado ficou no Alvi­­verde, como Bastos, algo incomum no futebol brasileiro. Mas que pode ter sido a semente da 34.ª conquista estadual do clube.

"Passamos por cima de todas as dificuldades", lembrou Bastos, exaltando a vitória sobre o rival. "Nosso time é jovem, mas teve muita determinação. Ganhamos o campeonato de ponta a ponta".

Bastos, que comemorou seu se­­gundo título paranaense (também ganhou a Série B), viu uma bandeira com seu rosto nas cadeiras: "É gratificante ser reconhecido e ter essa homenagem por parte dos torcedores. Esse momento tem que curtir muito". Ele mesmo carregava outro rosto em uma camiseta: o do filho Nicholas, de 3 anos, um talismã do goleiro coxa.

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