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A Copa do Mundo de 2010 na África do Sul terá um forte impacto na construção da harmonia racial e no estímulo ao futuro crescimento econômico na África do Sul, disse na terça-feira o presidente do comitê organizador do evento, Danny Jordaan.

Em entrevista, ele também minimizou as preocupações com transportes, acomodação e criminalidade durante a Copa.

Segundo ele, a Copa das Confederações, realizada em junho como ensaio para a Copa do Mundo, já mostrou que brancos e negros, ricos e pobres podem se misturar nas arquibancadas.

"É uma experiência que muita gente nunca teve neste país. Todas essas coisas passam o tipo de imagem e clima que queremos que o mundo veja, de um país de negros e brancos celebrando o futebol."

Para ele, o congraçamento racial durante a Copa "dará um passo significativo para a criação do país não-racial que (Nelson) Mandela sonhou."

Jordaan disse que o sucesso da Copa das Confederações, vencida pelo Brasil, mudou o clima que cercava o Mundial. O que antes era dúvida e questionamento virou agora ansiedade e excitação.

Sobre a criminalidade no país, onde há graves problemas de homicídios e estupros, Jordaan disse que os visitantes podem esperar a mesma situação que os 9,5 milhões de turistas que a África do Sul recebe anualmente, a maioria dos quais sem problemas.

Além disso, será mais fácil para a polícia monitorar torcedores, equipes e turistas, já que durante a Copa eles tendem a se congregar em lugares específicos.

A África do Sul tem realizado com sucesso muitos eventos, inclusive mundiais de rúgbi e críquete. Durante a Copa das Confederações, houve também uma excursão dos times britânico e irlandês de rúgbi, esporte muito popular no país, também sem incidentes graves.

"Este país tem a capacidade de lidar com a segurança do ponto de vista de um evento. O crime é um desafio diferente", disse Jordaan.

Sobre os atuais distúrbios trabalhistas no pais, o que inclui uma greve já resolvida dos operários que trabalham nos estádios da Copa, Jordaan disse que os trabalhadores sul-africanos em geral amam futebol, e como tal estão comprometidos com o evento.

"Acho que os trabalhadores entendem a importância... para o país. Queremos não só melhorias da infraestrutura e incremento do turismo. Queremos ver isso como um exercício de construção nacional, queremos ver uma construção de marca, uma reforma de imagem para este país e para o continente. Queremos atrair mais turistas, mais investimentos diretos, maior comércio, para que seja um legado duradouro."

A Copa do Mundo já resultou na modernização do aeroporto de Johanesburgo, ligado por trem-bala à cidade, numa melhora na infraestrutura viária, na construção de 25 hotéis, numa maior sofisticação no sistema bancário e em investimentos significativos em telecomunicações, tecnologia e transmissões de TV.

Jordaan disse que o atual déficit de 15 mil quartos de hotel (em relação à previsão de 450 mil visitantes) pode ser suprida por hotéis menores, pensões, albergues e casas de famílias, originalmente excluídos do planejamento.

Os organizadores devem montar "embaixadas para torcedores", que ajudarão na busca por alojamento. Cerca de mil novos ônibus serão adquiridos, e 200 aviões serão reservados para o transporte de torcedores e equipes.

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