Responsáveis pela operação de segurança da Fifa insistem que os problemas da última quarta-feira (18), quando torcedores do Chile protagonizaram uma invasão no Maracanã e entraram em conflito com seguranças da entidade, são de responsabilidade do poder público. A reportagem apurou que, logo após o incidente, a entidade e o Comitê Organizador Local (COL) realizaram uma reunião de emergência no Rio. Nesta quinta-feira (19), novas medidas de segurança deverão ser anunciadas.
Quarenta e cinco minutos antes do início do jogo entre Espanha e Chile, entre 150 e 200 torcedores chilenos invadiram a área de imprensa do Maracanã, quebrando paredes e causando confusão. Parte dos invasores chegou até a arquibancada, enquanto 88 foram detidos e serão deportados.
Mas a situação abriu uma crise que exigiu uma reunião de emergência da Fifa. Fontes que estiveram dentro do encontro revelaram à reportagem que a percepção é a de que a responsabilidade por ter evitado a invasão seria da Policia Militar do Rio. "O perímetro de fora do estádio é de responsabilidade das autoridades", insistiu uma fonte do alto escalão da Fifa.
O grupo de chilenos ficou concentrado na área por pelo menos duas horas, sem ingresso, antes de invadir o estádio. O que se investiga é o motivo de ninguém ter atuado para saber o que eles faziam num dos portões do Maracanã sem entradas nas mãos.
O governo federal tem outra percepção. Para ele, a falha seria a falta de vigias contratados pela Fifa em número suficiente nas portas do estádio. No último domingo, o Ministério da Justiça e Ministério da Defesa mantiveram uma reunião com a entidade que controla o futebol mundial e o governo insistiu que uma solução precisaria ser encontrada para o déficit de seguranças nos estádios.
A Fifa garantiu que está contratando novos funcionários. Nesta manhã de quinta-feira, a Fifa concederá uma coletiva de imprensa sobre a situação de segurança na Copa.
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