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O Coritiba chega ao carnaval esbanjando harmonia, ritmo e conjunto, demonstrando samba no pé com a sua talentosa dupla de mestre-sala e porta-bandeira – Marcos Aurélio e Rafinha. Porém, para chegar à dispersão em condição de brigar pelo acesso, o Alviverde ainda precisa de evolução

5 - Alegorias e adereços

Este é certamente o quesito mais prejudicado do Coxa. A interdição do Couto Pereira, a proibição pela diretoria de qualquer adereço (faixas, bandeiras e camisas) referente às organizadas nos jogos e, ainda, o aumento no preço do ingresso empobrecem o desfile alviverde até aqui. Em média, somente 2.918 passistas têm acompanhado o Verdão pela avenida.

9 - Bateria

Faz uma baita diferença ter há dois anos o mesmo "mestre", Leandro Donizete. Com ele no apito, instruindo a marcação, o Coxa consegue se manter firme no compasso mesmo com as atravessadas, em alguns momentos, dos zagueiro Jéci e Pereira – o que fez a defesa tomar 6 gols. A experiência de Donizete contribui ainda para adaptação do novato Marcos Paulo ao setor.

10 -Comissão de frente

Desfeito o grupo antigo, com a dupla Paraíba, Ney Franco trocou o formato mais tradicional – e lento – dos meias de armação por um trio moderno e rápido, com Rafinha, Marcos Aurélio e, às vezes, Enrico. Deu tão certo que até um passista argentino, Ariel Nahuelpan, se encaixou com perfeição, fazendo do ataque verde-e-branco o mais eficiente do campeonato. Foram 20 gols, o mais positivo do Estadual.

9 - Conjunto

A manutenção da base do ano passado favorece a passagem coxa-branca. Entrosamento entre as alas praticamente garantido, Ney Franco pôde até experimentar, variando do 4-4-2 para o 3-5-2. Porém, nem tudo funciona perfeitamente. Nas laterais, "deu branco" em alguns momentos – na defesa também. Resta aguardar pelas soluções, Fabinho Capixaba e Triguinho, já à disposição no barracão alviverde.

7 - Enredo

A queda para a divisão de acesso do carnaval da bola balançou as estruturas do Couto Pereira. Sendo a perda considerável de verba o fator mais preocupante para a comunidade. Assim, para começar, nada de destaques caros – a folha salarial caiu pela metade, ficando em R$ 700 mil. No mesmo sentido, o Coxa apostou em uma nova geração, promovendo dez garotos da base. Por fim, tem contratado com mais critério.

7,5 - Evolução

A comissão de frente é destaque. As laterais têm soluções encaminhadas. Para manter o ritmo até o final do ano, o Coxa precisa mesmo acertar o setor defensivo. A formação com três zagueiros pode ser uma opção para a equipe não correr o risco de desafinar na defesa no momento decisivo, quando passar em frente aos jurados da Série B.

7 - Fantasias

Do ano passado para cá, o mesmo traje. A italiana Lotto segue como responsável pela confecção. Assim como o banco BMG permanece como estampa mais chamativa – e será o patrocinador até, pelo menos, o final do ano, quando se encerra o contrato. De diferente, apenas a marca da cervejaria AmBev na camisa dos juniores na Copinha, e a intenção de colorir mais o uniforme no calção e em outras partes da camisa.

9 - Harmonia

Dentro da diretoria o clima é de união, no embalo da renovação do G9 – o problema é a desconfiança da galera. Por sua vez, no elenco alviverde a interação foi perfeita. Coube ao diretor do setor, o capitão Jéci, lançar a ideia: "Que tal abrirmos mão da premiação (bicho) no Paranaense, como forma de ajudar o clube?" Proposta aceita e elogiada por dirigentes e treinador, o time passou bonito cantando junto o samba coxa-branca.

10 - Mestre-sala e porta-bandeira

Dois baixinhos moreninhos têm representado muito bem o Alviverde. Com graça (dribles), leveza (rapidez) e samba no pé (9 gols juntos), Marcos Aurélio (marcou 4) e Rafinha (fez 5) estão impressionando os julgadores e a torcida.

7 - Samba-enredo

"A nova diretoria tomou posse na segunda-feira e de terça até hoje nos reunimos quase de manhã e de tarde, tudo no escopo de estabelecer uma adequação, sobretudo orçamentária, à nova realidade do clube. Um verdadeiro frenesi de medidas."

Jair Cirino, ao tomar posse para o segundo mandato de presidente do Conselho Administrativo.

"O rebaixamento repercute no torcedor, claro. Mas nesse caso também é algo que eu acredito ser passageiro. O coxa-branca que ama o clube irá voltar naturalmente ao campo."

Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente, sobre os pequenos públicos do Coxa neste início do ano.

"Esse ano vai ser de muita desconfiança. Você pode ganhar, ganhar e a hora que tiver um tropeço vai haver o questionamento. Isso vai ser no Paranaense, na Copa do Brasil e na Série B."

Ney Franco, técnico do Coritiba.

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