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A vida do técnico Marcelo Oliveira está em apuros. Em Florianópolis foi pisoteado pelo último colocado do Campeonato Brasileiro. O Figueirense goleou, sambou e zombou dos coritibanos. O placar de 3 a 1 explica tudo direitinho. Como as recentes escalações não têm dado consistência ao setor defensivo, a solução, penso eu, é experimentar gente nova. Não vou sugerir nomes, não é trabalho para o colunista. Talvez estejamos diante de um fenômeno: excesso de respeito aos jogadores considerados titulares por ordem de precedência.

A realidade é tão preocupante que o Coritiba está colocando em risco sua permanência na Série A. O time que jogou ontem pareceu-me sonolento, entregue e sem vontade de reagir. O mais intrigante é a alternância técnica da equipe. É capaz de fazer uma bonita atuação contra o Cruzeiro e jogar tão pouco contra o lanterna da competição. Entendo que existem lesões que afastam jogadores dos planos do técnico, cartões amarelos e vermelhos e, talvez, motivos que não são revelados publicamente para não comprometer.

Série B

Ricardinho não perde a serenidade quando analisa as más atuações da equipe que comanda. Tinha noção exata do que o esperava quando assumiu a função de treinador. Sabe o tamanho do problema e tem demonstrado compreensão admirável. Claro que não está satisfeito com os resultados. Vitorioso como jogador, inicia a profissão de técnico na expectativa de conseguir bons resultados. Conhece os atalhos para alcançar seus objetivos. Com as mãos atadas, faz o que pode. O sonho de subir está ficando mais distante, ao contrário do que acontece com o Atlético.

No clássico, o Rubro-Negro conquistou a quarta vitória consecutiva, muito perto do G4, atrás do quarto colocado pela diferença de dois pontos. As contratações sugeridas pelo ex-treinador Jorginho e acolhidas pelo vice-presidente de futebol João Alfredo Costa, estão rendendo bons frutos. É provável que o técnico interino não precise insinuar ou dizer explicitamente que merece ser efetivado no cargo. Contra o Paraná, escalou e montou uma equipe de marcação séria e soube ocupar os espaços do campo de jogo, sem ser uma equipe timbrada pelo talento técnico, mas combativa e aplicada.

Post Scriptum

No dia 20 de julho de 1969 médicos atendiam pacientes, engenheiros elaboravam projetos, professores ministravam aulas. Um homem, nesse dia já distante, pela primeira vez, tocou o solo lunar, emocionando a humanidade. Universitário, este colunista participava de um programa cultural na Universidade de Harvard.

Entre estudos e debates sobre política, economia e sociologia, fui tomado pela emoção insólita de acompanhar pela televisão dos EUA o feito magistral de Neil Armstrong, acompanhando lágrimas e risos dos norte-americanos e o tremular frenético da bandeira do país carregada por compatriotas do imortal Armstrong, falecido aos 82 anos. Homem e gesto para a eternidade. Um salto extraordinário da pesquisa humana.

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