O pacto da torcida com o time funcionou. Com o apoio irrestrito de 18 mil pessoas, o Coritiba pôs fim ontem à série de oito derrotas consecutivas neste Brasileiro. Entre aplausos e gritos de incentivo no Couto Pereira, o time de Márcio Araújo aplicou 4 a 1 no Figueirense.

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Só faltou a sensação de alívio. Tudo porque o Palmeiras não ajudou na rodada. Na zebra da noite, o time paulista perdeu em casa para o Flamengo (0 a 1). O resultado manteve o Coxa próximo à zona de rebaixamento. Ganhou uma posição (foi para 17.º), mas segue fora da degola graças aos critérios de desempate.

No domingo, às 18h10, o Alviverde terá outro confronto direto pela permanência na elite nacional: o desesperado Brasiliense, no Mané Garrincha.

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A goleada desta quinta-feira contra os catarinenses pode ser considerada uma espécie de redenção dos "experientes" da equipe – grupo que ganhou força com a saída de Lopes Júnior e Sérgio Ramirez. Com a ajuda do apoiador Caio (o melhor da noite), os veteranos do time construíram o placar no Alto da Glória.

Tinha tudo para ser um duelo tenso, mesmo com o público esquecendo os recentes e seguidos tropeços, além do declínio na tabela. Mas foi difícil só até os 31 minutos do primeiro tempo, quando Edmundo pisou em Jackson e recebeu o cartão vermelho. A partir daí, um passeio verde-e-branco.

Na investida ofensiva após a expulsão do Animal, Caio cobrou falta na área, a bola foi tirada de soco pelo goleiro Edson Bastos e Jackson (o primeiro dos mais velhos a se destacar na partida) soltou a bomba de primeira na entrada da área. Um golaço (36’).

Em noite de gala, o baixinho da camisa 10 iniciou também a jogada do segundo gol. Ele arrematou da intermediária e acertou o travessão. No rebote, Ricardinho mostrou um esforço incomum, evitou a saída da bola e cruzou na medida para a cabeçada certeira de Capixaba. O volante, um dos mais criticados da temporada, trouxe tranqüilidade ao placar (45’).

Tinha mais na etapa final – e sempre com a percepção de Caio. O meia recebeu lançamento e rolou para Renaldo entrar entre os zagueiros. O artilheiro, contratação que pouco rendeu ao clube, só teve o trabalho de balançar as redes (4’). Paz para o centroavante, que ouviu seu nome ser gritado em coro no estádio.

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O motorzinho coritibano tocou então para Maia, que driblou o goleiro e levantou para Renaldo na pequena área. Com a baliza vazia, o camisa 9 só teve o trabalho de finalizar com a cabeça e correr novamente para o abraço (15’).

Bilu reclamou do árbitro e também foi expulso. Com nove em campo, o Figueira ainda conseguiu terminar o jogo com certa dignidade. De pênalti, Bruno fez o gol de honra (25’).

Em Curitiba

Coritiba 4Douglas; Vágner (Peruíbe), Anderson e Flávio; Jackson, Nascimento, Capixaba (Rodrigo Batata), Caio e Ricardinho; Maia e Renaldo (Peabiru).Técnico: Márcio Araújo.

Figueirense 1É. Bastos; Paulo Sérgio, Bebeto, Cléber e M. Bastos (Moreira); R. Souto (Bruno), Bilu, Marquinhos Paraná e Edmundo; Alessandro e Adriano (Tiago).Técnico: Adílson Batista.

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Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Rodrigo Martins Cintra (SP). Gols: Jackson (C), aos 36’, Capixaba (C), aos 45’ do 1.º; Renaldo (C), aos 4’ e aos 18’, Bruno (F), aos 25’ do 2.º. Amarelos: Flávio, Nascimento, Capixaba (C); Bebeto, Cléber, Bruno e Rodrigo Souto (F). Vermelhos: Edmundo (F) e Bilu (F). Público: 18.124 total (17.224 pagantes). Renda: R$ 78.726,00.