O Coritiba está em situação delicada na Série B. Tratado internamente como o ‘grande’ da competição e dono do maior orçamento entre os 20 participantes, as chances de acesso diminuem a cada rodada. Ao contrário da matemática, a pressão sobre o presidente Samir Namur só aumenta. Com discurso diferente da prática, listamos as promessas e declarações furadas feitas pelo mandatário em seu primeiro ano de mandato:
1. “Comparativamente o Coritiba é provavelmente o maior da Série B. Posso garantir que o Coritiba terá uma condição muito favorável. Em termos de planejamento e de trabalho, dá para garantir para o torcedor que teremos uma condição muito favorável de ser um dos quatro clubes da Série B”.
A frase foi dita por Namur em entrevista coletiva após a eliminação do Coritiba na Copa do Brasil para o Goiás. Mas a condição do Coritiba na Segundona é o contrário e a equipe ainda não conseguiu vencer nem três jogos seguidos chegando a ficar seis rodadas sem vencer da 18.ª a 23.ª
2. “Temos esperança que esse time composto com muito critério funcione desde o começo. Havendo a necessidade vamos buscar reforços pontuais em abril”.
A avaliação do presidente e do departamento de futebol era que a equipe montada em janeiro para o Paranaense iria engrenar rapidamente. As principais apostas eram nos meias Ruy e Galdezani, hoje emprestados para América-MG e Atlético-MG, respectivamente na Série A.
3. “Trabalho de técnico e de diretor dá resultado a longo prazo. O torcedor quer que eu repita a mesma coisa que as gestões anteriores? Existe um projeto que é de longo prazo”.
O discurso do presidente foi externado para defender o trabalho de Sandro Forner. O técnico acabou sendo demitido, assim como seu sucessor, Eduardo Baptista. Tcheco é o terceiro comandante alviverde no ano. O departamento de futebol também teve trocas: saíram Augusto Oliveira e Pereira para a entrada de Paulo Pelaipe.
4. “A ideia de trazer o Pereira foi minha. Partiu de uma demanda dos clubes em geral. Muito pela postura de liderança dentro de campo porque imaginava ele intermediando as relações entre atletas”.
Namur justificou no início do ano a contratação do ex-zagueiro do clube para ser gerente de futebol. Mas Pereira não tem experiência de gestão fora dos gramados e acabou sendo demitido durante a Série B.
5. “São várias críticas a atual gestão: ausência de gestão de futebol profissional (alto número de jogadores contratados). Teremos um elenco com no máximo 36 atletas e faremos contratações pontuais”.
Apesar de ter participado da campanha de Rogério Bacellar na eleição de 2014 e ter sido presidente do Deliberativo do início de 2016 até setembro de 2017, Namur pautou sua campanha no ano passado com fortes críticas ao antecessor. As principais delas eram o número excessivo de contratações e o tamanho do elenco. Porém, em sua gestão foram 20 jogadores contratados e 46 atletas utilizados durante a temporada. Atualmente, o elenco conta com 39 atletas.
6. “O torcedor tem que se sentir tranquilizado. Nossa postura condiz com o que prometi em campanha. Poucas contratações, elenco reduzido, participação dos atletas da base. Vamos buscar jogadores pontuais de R$ 50 mil, R$ 80 mil e que chegue para ser titular”.
Das contratações feitas exclusivamente para a Série B, nenhuma delas conquistou a confiança da torcida. Os nomes mais renomados da lista são o lateral Carlos César, que está machucado e fez apenas dois jogos, e o atacante Bruno Moraes, que marcou dois gols.
7. “Imaginamos trazer para o início da Série B um elenco pronto para disputar a competição inteira dentro do G4. Não se pode colocar em risco o acesso para a Série A”.
A previsão foi feita antes do início da Segundona. Mas o clube ficou apenas quatro rodadas no G4 e está estacionado no meio da tabela. Neste momento, a distância para a zona de acesso é de seis pontos. Mas a matemática para subir é que o Coxa precisa ter um aproveitamento acima dos 70% nas últimas 12 rodadas.
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