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Argel e Pastana quando trabalharam juntos no Coritiba.
Argel e Pastana quando trabalharam juntos no Coritiba.| Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

Atual executivo de futebol do CSA, Rodrigo Pastana, ex-Coritiba, vai processar o técnico Argel Fuchs por acusações feitas em duas mensagens de áudio enviadas por WhatsApp. Nas mensagens, Fuchs, também ex-Coxa, sem clube no momento, chama Pastana de "pilantra, bandido número um, vagabundo e sem vergonha".

Em entrevista exclusiva à reportagem, Pastana afirma: "Este senhor 'desequilibrado' responderá na Justiça sobre suas insinuações levianas e terá que provar tudo que falou para diminuir o prejuízo que está me causando".

Pastana e Fuchs trabalharam no Coritiba em 2019. O treinador chegou ao clube em setembro de 2018, por indicação de Paulo Pelaipe. Após dois meses, Pastana assumiu a função de Pelaipe e, posteriormente, em conjunto com a direção do Coxa, demitiu o treinador em fevereiro de 2019. Os dois também já haviam trabalharam juntos no Figueirense.

"O futebol demanda resultado e quando não obtemos somos demitidos, até o mais ingênuo dos profissionais sabe. Me assusta a forma leviana como ele se referiu a mim, pois tive o desprazer de trabalhar com ele por um mês e 20 dias no Coritiba. No Figueirense, quando ele chegou, recebi um convite para trabalhar no Bahia", comenta o executivo, que já fez uma queixa-crime e ato notarial descritivo para iniciar o processo contra Argel Fuchs.

Pastana classifica comentários de Argel como "insinuações levianas"

Argel Fuchs esteve à frente do CSA por apenas 18 dias e foi desligado da função na semana passada. Após a demissão, o técnico enviou dois áudios com acusações sobre Pastana, um ao presidente do clube alagoano, Rafael Tenório, e outro a um grupo composto por treinadores de futebol de todo o Brasil.

Em um dos áudios, o treinador afirma que o executivo, que assumiu a função no time nordestino já quando Argel não estava mais na função, tem "esquemas" com jogadores e empresários. Veja parte da transcrição do áudio abaixo:

"Eu não faço mais parte da equipe do CSA porque eu não trabalho com vagabundo, pilantra, sem vergonha, safado, com diretor executivo que leva dinheiro de jogador, toma e faz esquema com empresário. Não compactuo com isso. E o CSA contratou um diretor que já tive problemas e alguns dos meus colegas também já teve problema (sic) com esse pilantra, essa é a palavra certa. Queria deixar isso registrado até porque algum de vocês vai trabalhar com esse diretor executivo e alguns de vocês já tiveram o desprazer de trabalhar. Esse cara é um mal para o futebol. Ele já teve problema com vários companheiros nossos, em dois lugares, no Figueirense e Coritiba. A gente precisa saber quem são os diretores pilantras e esse é o bandido número um. Vagabundo, sem vergonha", declarou Argel Fuchs.

Pastana comenta as acusações do técnico: "Não nasci no futebol e tive duas empresas. Meus interesses profissionais no futebol são ideológicos e não materiais. Recebi ligações de vários treinadores do Brasil dizendo para eu ignorar, mas não irei. Este senhor 'desequilibrado' responderá na Justiça sobre suas insinuações levianas e terá que provar tudo que falou para diminuir o prejuízo que está me causando".

Procurado para falar sobre a relação entre os dois dentro do Coritiba, o presidente Samir Namur diz desconhecer qualquer problema no tempo em que ambos conviveram no Alto da Glória:

"Nunca houve desentendimento nenhum entre os dois. Argel foi dispensado por que o trabalho e os resultados eram ruins. Portanto, avaliação normal de diretoria. Pastana fez um ótimo trabalho em 2019 e não conseguiu repetir em 2020. Por isso, também foi dispensado. Acusações vagas de quem perdeu o emprego mais uma vez, em grupo de WhatsApp, não incomodam ninguém. Todos os contratos do clube ficam à disposição do Conselho Fiscal, assim como toda a contabilidade. Se alguém tem alguma acusação a fazer, precisa ser mais específico e apresentar provas", aponta Samir Namur.

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