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Marcos Aurélio levanta o simbólico troféu de papelão que faz referência ao rebaixamento do ano passado, tratado pela torcida como humilhação | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Marcos Aurélio levanta o simbólico troféu de papelão que faz referência ao rebaixamento do ano passado, tratado pela torcida como humilhação| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

Chaves do jogo

Niehues - surpreende

Com Alex Mineiro e Tartá atacando, além de Valencia na lateral direita, o técnico atleticano conseguiu surpreender o Coritiba, o que lhe rendeu o domínio até a metade do primeiro tempo.

O gol e a defesa de edson Bastos

Após se adaptar ao adversário e já estar melhor em campo, o Coxa começou a garantir o título em um minuto, com o gol de Marcos Aurélio e a defesa de Edson Bastos no chute de Tartá, na sequência.

Tudo ou nada. deu nada

Precisando da vitória, Niehues colocou Marcelo e Wallyson em campo, deixando o Atlético com três atacantes. Resultado: espaço para o contra-ataque adversário, o que gerou o gol de Geraldo.

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  • Confira a atuação dos jogadores do Atlético

Uma parcela significativa dos coxas-brancas que tomaram conta do Couto Pereira ontem puderam realizar algo inédito: gritar "é campeão" dentro de casa sobre o maior rival, o que não acontecia havia 32 anos. E o que é melhor, em grande estilo. Vitória contundente por 2 a 0 sobre o arquirrival Atlético, consolidando uma campanha irrepreensível, com um único revés em 19 partidas. No próximo fim de semana, o time ainda entra em campo para o jogo das faixas, contra o Cascavel. Questão protocolar.

Os alviverdes que nasceram depois de 1978, privados de acompanhar a histórica decisão por pênaltis após uma sequência de três 0 a 0, também contra o Rubro-Negro, se emocionaram. Emoção que se espalhou pelas arquibancadas. Choro de alegria, pois, enfim, o Coritiba deu o primeiro passo no seu árduo processo de reconstrução. "A luta só está começando", avisa o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade, responsável por administrar o departamento de futebol do clube.

O dirigente tem razão. Afinal, de pouco servirá a conquista do 34.º título estadual se, daqui a sete meses, o Alviverde não estiver de novo credenciado a frequentar a elite do Campeonato Brasileiro. Só assim as contas com o passado estarão devidamente ajustadas, apagando as mazelas que marcaram o centenário coxa, no ano passado.

Castigado pelo mau comportamento de alguns vândalos que invadiram o gramado e transformaram o Couto em praça de guerra em dezembro, após o rebaixamento ter sido decretado em um empate por 1 a 1 com o Fluminense, o Coritiba apanhou sem dó.

Multado e proibido de usar seu estádio pela Justiça Desportiva (pena que caiu de 30 para 10 partidas), o time perambulou. Emprestou o palco do vizinho Paraná, passou por Paranaguá e dará o pontapé da possível volta à Série A em Joinville, Santa Catarina. Tudo isso em meio a uma guerra nos bastidores, em que advogados viraram craques.

O Coritiba perdeu dinheiro, perdeu prestígio. Mas mostra ter poder de reação, como pôde ser visto ontem. "(O título) é um passo, mas nossa meta é novembro. Precisamos virar a página, esse povão merece", ressalta Carlos Zanetti, outro integrante do grupo de nove pessoas que passou a gerenciar o Coritiba nesta temporada. "Tivemos competência de ser campeão de um campeonato difícil com uma rodada de antecedência. Levantou a autoestima dos jogadores, da torcida. Entramos encorpados na Série B", avisa o técnico Ney Franco. "Estou emocionado", emenda, dividindo os méritos com o restante do clube.

Palavras repetidas pelo elenco. Enquanto rodava pelo campo celebrando com os torcedores, Marcos Aurélio relembrava tudo o que viveu em 2009. "Foi muito difícil", diz o atacante, autor do primeiro gol (5/2º), o quarto em cinco Atle­­tibas disputados, confirmando a fama de carrasco.

O angolano Geraldo (28/2º) fe­­chou o 14.º triunfo da equipe no re­­gional, liberando os coxas-brancas para gritar "é campeão" a plenos pulmões. Não importando a idade.

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