Paulo Baier dá um chutão para fora do estádio e vibra chamando os companheiros para comemorar. O último lance da vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o São Paulo, ontem, na Arena, só poderia ter a participação do camisa 10. Aos 34 anos, o capitão atleticano foi mais uma vez decisivo.
A fase do veterano no clube da Baixada é tão empolgante que ele já pensa em encerrar a carreira na equipe. Com contrato até o fim do ano, ele não esconde que pode negociar a renovação antecipadamente.
"Estou sendo muito bem tratado por todos aqui. O presidente (Marcos Malucelli) sabe dessa minha intenção de ficar. Se as coisas continuarem assim, renovo mais cedo", avisa.
Na jogada do gol que decretou o triunfo, Baier fez a diferença. Com 41 minutos do segundo tempo, recuperou a bola no meio, puxou o contra-ataque, tocou para Gabriel Pimba e correu para escorar de cabeça. Atuação tão marcante a ponto de arrancar elogios dos adversários.
"O jogo estava muito equilibrado e ele foi decisivo. Principalmente nesse lance do gol", reconhece o técnico são-paulino Ricardo Gomes. "Tenho de agradecer ao Riva (Carli, preparador físico). Tenho 34 anos, mas estou com um físico de 20", comenta o jogador.
Baier balançou a rede apenas pela quinta vez com a camisa do Furacão. No entanto, segue ampliando sua marca de maior artilheiro do Brasileirão desde que a competição é disputada por pontos corridos (de 2003 para cá). Agora, são 74 gols.
Contratado por indicação do ex-técnico atleticano Geninho após não conseguir render no Sport, o meia é o maior responsável pela arrancada que tirou o Rubro-Negro da zona de rebaixamento. Nas seis partidas mais recentes, foram cinco vitórias e uma derrota.
"Temos um objetivo entre nós jogadores (atingir entre 45 e 48 pontos para ficar livre da degola). Mas depois que sairmos lá de baixo, faltando umas 10 rodadas, podemos traçar algo maior", sonha ele, sabendo do momento especial que vive.
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