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João Carlos durante treino no Centro de Treinamento do clube: “A saída do gol foi falha” | Priscila Forone/ Gazeta do Povo
João Carlos durante treino no Centro de Treinamento do clube: “A saída do gol foi falha”| Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo

Não é fácil substituir um goleiro de seleção brasileira. João Carlos sabe bem disso. A vitória apertada sobre o Iraty (2 a 1) no sábado reforçou uma certa desconfiança por parte da torcida em relação ao novo camisa 1 do Atlético, alçado à condição de titular após a negociação de Neto com a Fiorentina, da Itália.

A dúvida reapareceu logo no começo da partida com o Azulão. Ao errar a saída de bola e deixar o gol livre para William abrir o placar, o jogador ouviu as primeiras cobranças.

Ontem, João Carlos, de 22 anos, relutou um pouco em conversar com a Gazeta do Povo sobre o lance. Mas, após a insistência, o arqueiro admitiu não ter ido tão bem no duelo de sábado passado. "Não é que eu não quero falar, mas acho que agora não tem nada o que falar. Posso dizer somente que a saída de gol foi falha", afirmou ele, por telefone. "Eu penso que dei mole no gol", emendou.

O retrospecto também não joga a favor do paranaense, na­­tural de Paranavaí, Região No­­ro­­este do estado. Em três partidas no Estadual o goleiro sofreu quatro gols – média su­­perior a uma bola na rede por partida. No ano passado, nas cinco vezes em que substituiu Neto, João Carlos foi vazado cinco vezes.

Números que, obviamente, não deixam o camisa 1 satisfeito. No entanto, ele diz acreditar que com a sequência de jogos o desempenho deve melhorar, acabando assim com qualquer saudosismo em relação ao antigo dono da posição – reserva de João Carlos durante boa parte da formação nas categorias de base.

"[O desempenho] poderia ser um pouco melhor. No último jogo acho que fiz uma partida ruim. Nos outros dois, o primeiro foi ruim pela derrota [ 2 a 1 para o Arapongas]. O segundo [2 a 1 sobre o Corinthians-PR] acredito que não comprometi. Mas sei que não estou desempenhando o que posso", comentou ele, ga­­rantindo que está preparado para as inevitáveis cobranças – e comparações com Neto.

Entre os diretores do Rubro-Negro, contudo, o apoio ao atleta segue integral. Ninguém fala em substituição. De acordo com o gerente de futebol do Furacão, Ocimar Bolicenho, qualquer análise em relação ao desempenho do arqueiro é exagerada. "É um menino da casa, tem que ter paciência. É prematuro tomar uma decisão em cima de três jogos. Temos muita confiança que ele vai superar este período e vai ser o goleiro que todo mundo espera", avisou o dirigente.

Apesar do voto de confiança, Bolicenho diz esperar um me­­lhor desempenho de todo o time, terceiro colocado no regional com 6 pontos, um a menos do que líder Coritiba. "Se nós não estivéssemos apresentando erros, principalmente individuais, eu tenho certeza que estaria bem dentro do que planejamos", afirmou.

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