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Qualquer ambição na Série B passa por um bom desempenho caseiro. Os quatro primeiros colocados estão entre os cinco melhores mandantes da competição. Os quatro últimos encabeçam a lista dos piores anfitriões. O Atlético, que passou o turno praticamente inteiro como inquilino em Paranaguá, é o terceiro quando joga em território inimigo e o décimo em seus domínios.

Algumas ressalvas podem ser feitas ao Ecoestádio. Não é a verdadeira casa rubro-negra, nem todo mundo consegue dar um nó no chefe para assistir aos jogos em horário comercial e ir de ônibus até o Parque Barigui não é tarefa simples. Mas é em Curitiba, com a torcida na nuca do adversário, em uma estrutura – ao menos indicam as fotos – intimidadora. O grito de 2 mil atleticanos no improvisado Janguitão será bem mais poderoso que o de 4 mil no distante Caranguejão. Para o bem e para o mal.

As inúmeras contratações ao longo do primeiro turno transformaram um elenco ruim no mais forte da Série B. O Atlético, hoje, tem um time-base minimamente confiável, com histórico de boas atuações (mais notadamente, as vitórias sobre Criciúma e Paraná), e opções interessantes no banco (esqueça a zaga).

A reaproximação com a torcida deve dar a liga necessária para levar o Rubro-Negro ao obrigatório lugar no G4.

Uma reaproximação que vem em ótima hora. A magia entre o elenco e Ricardo Drubscky parece ter perdido força. Chegamos a um momento em que o treinador precisa mostrar uma capacidade que definitivamente não tem. E hoje ainda é dia de Luiz Alberto na zaga...

Consciência

O primeiro passo para evitar o rebaixamento é ter consciên­cia do risco da queda. É óbvio, mas nem sempre acontece. O Coritiba de 2009 passou boa parte daquela campanha menosprezando o perigo do descenso, mesmo quando frequentava as quatro últimas posições da tabela. A vitória no Atletiba do fim de outubro daquele ano deu a falsa impressão de salvação. Quando acordou, o Coxa já estava na Série B, sem estádio e com a imagem manchada mundo afora.

O Coritiba de 2011 tem a consciência do risco de rebaixamento. Ao menos nas palavras do técnico Marcelo Oliveira. Um bom começo. O Coxa não tem elenco para cair. É time para ficar no meio da tabela e, se descuidar, brigar lá embaixo. Esta frase foi escrita por este colunista dois dias antes da estreia no campeonato. E, para a minha surpresa, transformada em pólvora motivacional, foi parar na parede do vestiário do Beira-Rio, onde o clube estreou no Brasileirão contra o Internacional – e perdeu por 2 a 0. Não adiantou.

O que adianta é o Coritiba jogar no limite da sua capacidade, seja dentro ou fora de casa. Se fizer isso, afasta o risco do rebaixamento. Ao menos já tomou consciência de que ele existe.

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