Depois de três derrotas, Paraná empata com o Botafogo e soma ponto precioso

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Não foi dessa vez. Apesar de ter o apoio maciço do seu torcedor, que cantou durante boa parte dos 90 minutos, o Paraná Clube empatou com o Botafogo em 0 a 0 e "engordou" sua seqüência de resultados ruins no Brasileirão 2007. Nas últimas quatro rodadas o Tricolor perdeu três partidas e só conseguiu somar um ponto no empate deste domingo contra o até então líder do campeonato jogando na Vila Capanema.

Mas também é preciso valorizar o resultado obtido pelo Paraná, principalmente pela qualidade do adversário. O time carioca era o líder do campeonato e tinha a volta de Dodô como grande motivador. O técnico Gilson Kleina soube armar um Paraná defensivo e responsável, que não conseguiu a vitória por um simples detalhe: o gol.

Destaque para a "briga" extra-jogo. Após ser vaiado pelo torcedor em jogos anteriores, o goleiro Flávio, que correu o risco de perder sua posição de titular para seu antigo reserva Marcos Leandro jogou muito bem e fechou o gol paranista. Do outro lado Marcos Leandro estreou pelo Botafogo, mas não teve muito trabalho durante o jogo.

O jogo

Era nítido o respeito que o técnico Gilson Kleina tinha aos comandados de Cuca. Sendo assim o Paraná preparou um esquema com três zagueiros e dois volantes para esperar o Botafogo tomar a iniciativa. Mesmo jogando em casa, o Tricolor optou por jogar nos contra-ataques e a falta de ousadia pode não ter custado caro aos anfitriões, mas trouxe o adversário para cima.

O Botafogo dominava as principais ações da partida, apesar de não criar jogadas efetivas. Em um dos esperados contra-ataques, o Paraná poderia aparecer com perigo aos 13 minutos, mas Vinicius Pacheco não fez a melhor opção ao chutar para o gol, deixando Vandinho e Josiel pedindo bola. A resposta veio pouco depois em uma cobrança de falta para os cariocas. Lúcio Flávio ajeitou com carinho e Flávio fez uma linda defesa.

Apesar de realmente jogar melhor que seu adversário, o Botafogo não ameaçava o gol de Flávio com freqüência. As principais chances surgiram de bola parada, como quando Juninho cobrou falta aos 25 minutos e obrigou o camisa 1 paranista a fazer boa defesa. Na melhor chance do Tricolor no primeiro tempo, Vinicius Pacheco avançou pela direita e cruzou para Josiel, que chegou um pouco atrasado e cabeceou para fora.

Na saída para os vestiários, após o apito do árbitro, os jogadores paranistas elogiaram o desempenho do time na primeira etapa. "Não estamos jogando contra qualquer um. É contra o líder e estamos bem. É preciso ter paciência e calma para encaixar um contra-ataque e sair com a vitória", disse Daniel Marques. O atacante Vandinho foi mais direto. "É só ter um pouco de calma que o gol vai sair".

Segundo tempo

Nenhuma das equipes voltou modificada para a segunda etapa, lembrando que Cuca tirou Jorge Henrique e escalou Ricardinho nos minutos finais do 1.º tempo. Gilson Kleina apostou do bom bate-papo para tentar motivar seus jogadores para a segunda etapa.

A conversa parece ter dado resultado e o Tricolor cresceu no jogo. Se antes a posse de bola era carioca, os paranaenses tomaram para si o direito de trabalhar as jogadas e tentar chegar ao gol adversário. Logo no primeiro minutos Vinicius Pacheco fez bom lançamento para Josiel, que faria o gol não fosse a antecipação de Marcos Leandro. Mas, é evidente, o Botafogo seguiu vivo no jogo e aos 8 minutos Lucio Flávio inverteu a bola, Zé Roberto ajeitou e Dodô disparou uma bomba para grande defesa de Flávio.

Um detalhe que mereceu a atenção foi a grande quantidade de cruzamentos que o Paraná fez durante o jogo todo, sem que alguém aparecesse para aproveitá-los. A presença de Josiel era constante na área, mas a bola não conseguia chegar a seus pés e as possibilidades de gol para o Paraná se resumiram a poucas investidas.

Retomando seu melhor momento no jogo, o Tricolor ameaçou aos 17 minutos em um rápido contra-ataque. Josiel avançou pela direita, entrou na área e bateu cruzado, mas Marcos Leandro espalmou em grande intervenção. Pouco depois aconteceu a melhor chance do jogo para o Paraná. Após uma bela troca de passes, Leo Matos recebeu pela direita, avançou e podia ter cruzado, mas preferiu chutar e o arremate foi horrível.

No final o Paraná até tentou uma pressão, mas os lances não tiveram o desfecho esperado pelos 12.063 torcedores que fizeram bonito nas arquibancadas do Durival Britto e Silva.

Confira a ficha técnica e os lances do empate do Paraná

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