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Tricolores

Encheu

O departamento médico paranista lotou nesta semana. Para a partida contra o Roma, no próximo domingo, na Vila Capanema, o técnico Ricardo Pinto já tem quatro desfalques certos. Os meias Kerlon e Douglas Packer, além do atacante Renato sofreram lesões musculares. O "Foquinha" deve ficar fora dos gramados por cerca de três semanas. Outro meia, Bruninho, torceu o joelho direito em um dos treinamentos da equipe e realiza exames na sexta-feira para saber a gravidade da contusão.

Ausência

Assim como já havia ocorrido na segunda-feira, o meia-atacante Diego também não compareceu ao treinamento realizado ontem na Vila Capanema. O jogador voltou a Curitiba durante a tarde e alegou estar com problemas familiares, no entanto o clube não foi avisado disso no início da semana. O vice de futebol, Paulo César Silva, afirma que o jogador não deve escapar de uma punição. "Todo funcionário que comete um ato de indisciplina em uma empresa é punido e no Paraná não é diferente", disse.

Ao invés de tranquilizar o clube, a chegada de um novo reforço trouxe turbulência aos bastidores do Paraná na quarta-feira (16). O diretor de futebol, Guto de Mello, decidiu deixar o clube. Segundo ele, o pedido de demissão foi motivado pela contratação do lateral-direito George, indicado pelo técnico paranista Ricardo Pinto, que trabalhou com o atleta no Uberaba-MG.

Mello não concordou com a indicação. "Não é um jogador para o Paraná Clube. Não tenho nada pessoal contra ele. Só vi a ficha com o histórico e penso que um atleta como esse não vai resolver nossos problemas", defendeu. "O Ricardo [Pinto] é uma pessoa espetacular, mas não concordei com esta posição dele", emendou.

O agora ex-dirigente argumenta que o jogador - trazido para ser uma "sombra" ao titular da posição, Paulo Henrique – ainda pode demorar cerca de três semanas para entrar em forma. Como o contrato dele é de apenas três meses, George não poderia ser muito útil à equipe, de acordo com Mello. "Foi minha posição. Se minha palavra já não tem tanto peso, então não poderia desenvolver mais o meu trabalho", aponta. "Erros [de contratações] já foram cometidos no Paranaense. Eu assumo e, por isso, não quero que aconteçam novamente", complementou.

O último clube de George foi o Pato Branco, por onde disputou a Segundona do Paranaense na última temporada. Ele também já teve uma passagem pelo Paraná, em 2003. O jogador, de 27 anos, está sem atuar há cerca de oito meses, desde agosto do ano passado.

O vice-presidente de futebol paranista, Paulo César Silva, disse que o pedido de demissão de Mello o pegou de surpresa. Ele ainda afirmou que as contratações no clube não dependem apenas de uma pessoa específica. "A contratação passa por vários setores: pelo técnico, diretoria de futebol, presidência, financeiro", alegou o dirigente que não quis falar se foi a favor ou contra a chegada do novo lateral ao clube.

O desentendimento entre departamento de futebol e comissão técnica não ocorre pela primeira vez no ano. O próprio vice de futebol protagonizou uma discussão pública com o técnico Roberto Cavalo depois que um jogador das categorias da base passou a treinar com o elenco principal sem o aval do antigo treinador.

E meio a todo o turbilhão, George prefere não polemizar e espera desmentir as impressões de Guto de Mello dentro de campo. "Para mim, essa situação não influencia em nada. Isso só me motiva a agarrar essa oportunidade, até porque quem falou isso não me conhece bem. Não estou aqui por acaso", ressaltou o lateral que, diferente do ex-diretor de futebol, diz que em uma semana espera estar pronto para atuar com a camisa Tricolor.

Além do "polêmico" reforço, o atacante Ricardinho também já esteve na Vila Capanema ontem para assinar contrato e realizar exames médicos. Os dois atletas poderão ser utilizados por Ricardo Pinto ainda na disputa do Campeonato Paranaense.

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