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De 1980 para 2010, muita coisa mudou no futebol: sistemas de treinamento, esquemas táticos, estruturas físicas, tratamentos médicos, mas algumas coisas parecem imutáveis quando se montam times vencedores. De certo modo, Cascavel e Colorado podem ser exemplos para as equipes do século XXI.

O Cascavel tinha uma boa equipe formada por jogadores que então não tinham tanto nome no futebol, mas que tinham qualidade técnica. Era uma receita utilizada por um time recém-subido da Segundona e que foi a grande surpresa de uma temporada em que a dupla Atletiba patinou e sequer chegou à fase final. "Equipe homogênea, sem grandes estrelas. Osmarzinho e Marcos eram os mais conhecidos. Deu tudo certo. Quando o time engrena com a cidade apoiando, é difícil segurar", disse Paulinho Cascavel, que anos depois fez sucesso no futebol português. "Hoje, a arbitragem é rigorosa e melhor. Se nós fizéssemos esse time hoje, ganharíamos", completou Sérgio Ramos.

O Colorado apostava em salário em dia e estrutura moderna no auxílio aos jogadores. Equipamentos modernos foram comprados e a mulher do presidente do clube, Marlene Scaletti, fazia um trabalho auxiliando as famílias dos jogadores. "Tivemos um ano diferentes. No 5º dia útil, o salário estava dentro conta corrente. Não tivemos problema de salário. Além disso tínhamos cozinha organizada no estádio e um bom trabalho do técnico Claudio Duarte, que tinha bons preparadores físicos, o Tadeu Natálio e o Adalberto Medeiros. Valorização do atleta, carinho dentro e fora do clube fizeram a diferença naquele grupo", explicou o ex-zagueiro Caxias, que ficou no banco na final e que durante o campeonato alternou posição com Larry e Marião.

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