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O advogado Domingos Moro não aceitou o convite para assumir o departamento de futebol do Coritiba, "desmentindo" o anúncio feito pelo presidente Giovani Gionédis na última segunda-feira. Em entrevista coletiva realizada por volta das 18h, o ex-vice presidente do Coritiba – que havia sido afastado em 2004, preferiu continuar com sua carreira no direito desportivo.

"Acabo de chegar da sede do Coritiba, onde falei com o Giovani Gionédis, já que quis conversar primeiro com ele porque sou uma pessoa de postura e que tem retidão. Desejo que o Coritiba se reaproxime da imprensa esportiva e se não fizer isso, será muito mais difícil. Quero dizer que o Coritiba conta com o meu apoio e minha solidariedade, mas não contará com a minha presença no departamento de futebol".

Talvez como resposta a essa recusa, a assessoria de imprensa do Coritiba divulgou a seguinte note: "A diretoria executiva do Coritiba Foot Ball Club faz convocação para entrevista coletiva do presidente Giovani Gionédis nesta quinta-feira (30), às 15h30, no estádio Couto Pereira". A crise administrativa no Coritiba parece realmente longe do fim.

O grande motivo para a negativa seria a carreira de sucesso que Moro vem desenvolvendo no direito desportivo. "Os motivos são derivados da minha atual condição profissional. Eu desenvolvo um trabalho no direito desportivo a nível brasileiro e não poderia dividir minhas atividades com uma responsabilidade tão grande como essa de dirigir o futebol do Coritiba. Além disso, pesei várias coisas, ouvi minha família e amigos, mágoas do passado e resolvi recusar o convite".

O advogado disse que a proposta, financeiramente, era muito atraente. "Claro que era muito interessante, sem dúvidas. O Giovani é um hábil negociador, um dirigente calejado e sabe como anda o mercado. Estou tranqüilo. Agradeci ao convite, desejei sorte e acho que o bom senso tem que prevalecer para o clube atingir a paz e reencontrar seu caminho".

Ainda durante a coletiva, Moro não descartou o interesse de assumir o Coritiba oportunamente, mas não nas próximas eleições. "É difícil não aceitar um pedido como esse. Mas agora, não posso jogar uma carreira pela janela por uma aventura, que agrada meu coração e o de outras pessoas, mas não há garantia de alcançar o sucesso. Meu jogo hoje é no tribunal, não no campo. Dependo exclusivamente do meu trabalho. No futebol, por melhor que trabalhe, você depende de terceiros".

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