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Uma lista sem surpresas e, provavelmente, sem Ronaldinho Gaúcho. Dunga cada vez mais demonstra que não vai mudar o grupo para a Copa do Mundo. Nesta segunda-feira, durante os 22 minutos de entrevista coletiva antes do amistoso contra a Irlanda, no Emirates Stadium, em Londres, o treinador mais uma vez afirmou várias vezes que confia nos jogadores que estão atualmente na seleção brasileira.

Dunga deixou claro que vai privilegiar quem esteve ao seu lado em momentos importantes durantes os três anos e meio de trabalho à frente da seleção brasileira. E que não vai convocar nenhum jogador por pressão popular ou "por nome". O amistoso contra a Irlanda é o último antes da convocação final para a Copa do Mundo.

"Estou muito consciente do que quero. As decisões são tomadas pelo tapete verde. O que é o tapete verde? É o campo. Não tem simpatia, antipatia, não tem nada além disso. Só o que a gente observou durante esses três anos e meio de trabalho".

Os jogadores que estão concentrados para o amistoso contra a Irlanda podem se considerar muito próximos da Copa do Mundo. Exceção para Grafite e Carlos Eduardo, que só foram chamados após o problema de Luis Fabiano.

"Se a Copa do Mundo fosse hoje seriam esses jogadores que estão aqui. Mas aí o Luis Fabiano está machucado também. Enfim. Não adianta especular. Cada um teve a sua oportunidade. Cada um mostrou o que pode. Lógico que é normal que fiquem falando. Ah, mas se... Daria, daria... Podia, podia... Ah, o talvez, o pode ser, o mas... Para mim o que vale é o que o cara faz em campo".

Ronaldinho Gaúcho cada vez mais longe

Foram 52 jogos no comando da seleção brasileira e 69 jogadores observados em campo. Dunga considera que quem observou e entendeu a sua forma de trabalhar não vai ter nenhuma surpresa quando for divulgada a lista final para a Copa do Mundo em maio.

"Acho que não vai ter muita decepção. Se todos forem conscientes, se todos forem realistas e não tiverem interesses de alguma parte, não vejo muita decepção. Não é questão de eu gostar ou de você gostar. É uma questão de entrar e jogar o que sabe. Muitas vezes o cara tem um talento fantástico, como no Brasil sempre teve, mas têm jogadores que até hoje são promessas. Não vivemos de promessas. Vivemos de fato, de realidade. E se analisarmos a realidade, o que realmente conta que é o campo. Não vamos ter surpresas. Foram três anos e meio de trabalho. Quem conquistou os resultados, aproveitou as oportunidades e deu a resposta sabe que tem condições de ir para a Copa", disse.

Dunga garante que está pronto para lidar com a pressão pela convocação de Ronaldinho Gaúcho, eleito duas vezes o melhor jogador da Fifa e que voltou a jogar bem pelo Milan após passar por uma fase ruim no futebol europeu. O treinador, porém, mostrou lealdade com o atual grupo.

"É um grande jogador (Ronaldinho). Todo mundo está na corrida para jogar a Copa do Mundo. Mas tenho que pensar hoje em quem está aqui, mostrar respeito por eles. São jogadores que vieram comigo, me deram uma resposta, tiveram resultado. Eles vieram aqui e mostraram. Por isso eles estão aqui. Foi comprometimento, empenho, sacrifício, atitude. Tudo o que vocês falavam que faltava em 2006. Mas não é só isso. Eles ganharam também. Senão parece que eles só são bonzinhos", disse Dunga lembrando das conquistas da Copa América de 2007, da Copa das Confederações em 2009 e do primeiro lugar das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo.

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