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"Se eu não contar com meus amigos, vou contar com quem?" Esta foi a pergunta que Dunga, magoado, lançou à torcida brasileira, que vaiou na quarta-feira o desempenho da seleção na partida contra o Uruguai, no Morumbi. Apesar do descontentamento dos torcedores, o Brasil venceu a partida de virada, por 2 a 1. O técnico comemorou um dos gols do artilheiro Luís Fabiano batendo vigorosamente na cobertura do banco de reservas. Em coletiva ontem em São Paulo, Dunga criticou a torcida que, segundo ele, chegou a incomodar jogadores experientes.

"Nós jogamos em casa e esperávamos que tivesse uma reação para levar o time para cima, mas a reação foi contrária. Parecia que estávamos jogando fora de casa. É verdade que nós não estávamos bem. Mas mesmo assim, se eu não contar com meus amigos, vou contar com quem? A gente espera que em um momento de dificuldade a torcida jogue o time para cima. Não é um determinado jogador que está em campo, não é o Dunga, é a seleção brasileira. É o meu país", afirmou.

O treinador defendeu enfaticamente Ronaldinho, que deixou o campo debaixo de vaias para ser substituído por Josué. Disse que se espera dele a cada jogo um show, mas que ele não tem como resolver tudo sozinho, ou ser o salvador da pátria. "Tem que deixar ele ser feliz. O que ele mais gosta é jogar futebol. Estamos com a corda muito apertada em cima do Ronaldo. Tem que deixar ele mais relaxado. Deixar ele viver mais", pediu.

Sobre possíveis alterações do trio Ronaldinho, Kaká e Robinho, Dunga não negou nem confirmou. Elogiou os jogadores e reclamou da falta de tempo para treiná-los, o que dificulta que o trio tenha mais entrosamento em campo.

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